MIRANDA SÁ -
Estes doze anos em que o Partido dos Trabalhadores ocupa o poder
foram os mais catastróficos que o Brasil conheceu nos 514 anos contados
da sua descoberta oficial pelo almirante Pedro Álvares Cabral.
É a triste experiência da Era da Pelegagem. Os brasileiros vivemos
uma total subversão dos valores e da organização republicana, pelo
desgaste dos costumes morais e éticos, pela corrosão da economia e a
desmoralização da política.
Diante disso, nunca foi tão necessário e urgente que se estude,
analise e se tome consciência da realidade para uma correção de rumos. É
preciso olhar o contexto histórico por uma lente de aumento para nada
deixar escapar à vista.
É constrangedor, por exemplo, vermos aonde chegou a Petrobras. Seus
funcionários, quadros burocráticos e técnicos perderam o controle da
empresa inundada por pelegos de fora, exaltando os pelegos de dentro
para entrarem na senda criminosa da corrupção. São mais de 2.000
suspeitos por assinarem contratos ilícitos…
Neste trágico momento em que perde o seu status de exemplo
empresarial, a Petrobras induz a sua privatização, até mesmo na mente
das pessoas que a defendiam com ardor patriótico.
A par da economia corrompida e esmolambada, vemos no campo político a
escalada totalitária do PT-governo, obedecendo aos ditames da infame
doutrina bolivariana do Foro de São Paulo, cuja experiência é exposta no
sofrimento do povo venezuelano, pela carência no país dos bens de
consumo, a divisão da sociedade entre a oposição e ativistas
mercenários, e a repressão armada submetendo a cidadania pelo terror.
Cego diante dessa realidade, o lulo-petismo é empurrado pela neurose
ideológica do chavismo empenhando-se a criar mecanismos repressores
através do decreto fascista 8243, que transforma em sovietes entidades
do movimento social controladas pelo PT. Quer entregar as decisões
políticas a grupos-de-pressão controlados pelo partido.
A militância mercenária do PT-governo faz um combate sem trégua à
mídia, numa espécie de guerra de guerrilha contra os instrumentos
contrários aos seus interesses; e o partido insiste em sufocar a
liberdade de expressão e de imprensa.
Obediente às palavras de ordem, a pelegagem acusa a imprensa de estar
nas mãos de grupos econômicos e de políticos reacionários; as
marionetes não veem que a grande imprensa é comprada pelo PT- governo e
que a maioria dos políticos proprietários de jornais e canais de rádio e
televisão fazem parte da base de sustentação do seu governo.
O medo da hierarquia petista pela livre opinião não está nos jornais,
rádios e televisões dos seus clientes; sofrem com as faíscas de
liberdade chispadas por jornalistas que influenciam a política editorial
dos órgãos de imprensa, executam a reportagem investigativa e o
colunismo político.
Não se pode omitir também quão assustador para os corruptos e
corruptores, a vibrante participação das redes sociais no processo de
esclarecimento público e mobilização do povo contra a impunidade. O Face
Book e o Twitter causam pânico na Caverna de Ali Babá…
Anote-se que a expressão do pensamento não é um direito concedido por
nenhum poder, na opinião do historiador inglês Eric Hobsbawm, que do
alto dos seus 90 anos publicou “Globalização, Democracia e Terrorismo.”
Hobsbawm ensina que “a autonomia da imprensa não pode ser posta de
lado, e não é a democracia eleitoral que assegura a liberdade de
expressão, os direitos individuais e a Justiça independente, com o apoio
popular resistem a tudo.”
Verdade. Somente a força do p ovo, pelo voto ou pelo grito, imporá ao
Brasil a revisão da atual conjuntura, expurgando a memória maldita dos
herdeiros de Hitler e de Stálin de um socialismo que só existiu na
propaganda feita para eles, os neuróticos que transferem a figura
paterna por um ‘líder’.
Perdoem-me um chavão: É um imperativo da consciência patriótica dos
brasileiros, o fim desse estado de coisas que submete nosso País.
Exijamos uma renúncia espontânea de Dilma, ou engrossemos a alternativa
do seu impeachment.