Via Brasil de Fato -
“Joaquim Levy na Fazenda foi uma sacada de gênio, com grande
sensibilidade social. Pena que o Trabuco não quis, mas confio que seu
subordinado no Bradesco dará conta do recado”, afirmou Guilherme Boulos,
em artigo.
As recentes indicações da presidenta Dilma Rousseff (PT) para a
formação de sua equipe ministerial provocaram reações de movimentos
sociais e intelectuais de todo o país. Nesta quinta-feira (27), em
artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, Guilherme Boulos, membro do
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), criticou em tom irônico as
escolhas da presidenta.
“Joaquim Levy na Fazenda foi uma sacada
de gênio, com grande sensibilidade social. Pena que o Trabuco não quis,
mas confio que seu subordinado no Bradesco dará conta do recado”,
afirmou.
Outra polêmica é a indicação da senadora Kátia Abreu
(PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura. Para os movimentos, a
presença dela no ministério é uma “traição” aos apoiadores de esquerda
que trabalharam pela eleição de Dilma.
“Kátia Abreu na
Agricultura achei um pouco ousado demais. Cuidado pra não ser chamada de
bolivariana! Os índios e os semterra estão em festa pelo país. Não
temos dúvidas de que o ministério terá um compromisso profundo com a
demarcação das terras indígenas, o combate ao latifúndio e com a Reforma
Agrária”, escreveu Boulos no texto destinado à presidenta.
Ministros escolhidos
A
presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27) três nomes
da equipe econômica do seu ministério. Assumirá a Fazenda Joaquim Levy. O
novo titular do Ministério do Planejamento será Nelson Barbosa. O
ministro Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi convidado a
permanecer no cargo.
Encontro com Dilma
O
frade dominicano e escritor Frei Betto, o teólogo e intelectual
Leonardo Boff e quatro integrantes do grupo Emaús se reuniram nesta
quarta-feira (26) com a presidenta Dilma Rousseff e entregaram a ela uma
carta com 16 demandas a serem analisadas em seu segundo mandato.
Na
avaliação deles, após a vitória de Dilma nas eleições, nas quais havia
um “risco” de que o “projeto popular do PT” não continuasse à frente do
país, é necessário maior diálogo com a sociedade.
O documento que
foi entregue a presidenta, intitulado O Brasil que Queremos, contém
reivindicações que passam por temas políticos, econômicos, sociais e
ambientais.