Por JUCA KFOURI - Via UOL Esporte -
Vi o jogo num hotel em Curitiba.
No intervalo desci para tomar um café.
Havia oito pessoas no bar, todas do sexo masculino.
A
TV ligada estava na Globonews, o garção convidou-me a sentar numa das
mesas, agradeci mas recusei ao dizer a ele que tinha pressa de voltar ao
quarto para ver a Seleção Brasileira.
“Ah, é mesmo. E quanto está o jogo?”, perguntou.
“Tá 1 a 0, gol do Willian, mas está dando sono”, respondi.
Ao
voltar para o segundo tempo, a boa notícia: Everton Ribeiro e Ricardo
Goulart entraram nos lugares de Oscar e Willian, protagonistas do único
gol em jogada ensaiada com Neymar na cobrança de uma falta.
Antes, o capitão Neymar havia perdido um gol e o Equador se contentava em fazer papel de coadjuvante.
Nem bem o jogo recomeçou e Neymar, embaixo do travessão, mandou a bola nele.
Verdade
que o gramado do estádio em Nova Jersey não era digno de receber um
jogo internacional, coisa com a qual a CBF não se preocupa, desde que a
grana esteja no cofre.
Seja como for, a entrada dos dois cruzeirenses mudou a dinâmica do jogo, muito mais veloz.
Não era efeito do café. O jogo é que acordou mesmo.
E ficou lá e cá.
Aos
15 minutos, por exemplo, Jefferson e Filipe Luís evitaram o empate,
primeiramente com uma defesa sensacional e depois com o lateral
complementando a intervenção em cima da linha fatal.
Em seguida, Dunga tirou Tardelli e pôs Phillippe Coutinho, além de Elias no lugar de Ramires.
Joao Rojas, do Cruz Azul mexicano, infernizava o setor esquerdo da defesa brasileira.
O
jogo tinha uma velocidade impressionante, ainda mais se considerarmos o
gramado mais afeito a travar do que a desenvolver as ações.
Fernandinho entrou no lugar de Luiz Gustavo.
O juiz ajudava porque deixava o amistoso, já com cara de competição a valer, correr solto.
Como contra a Colômbia, a Seleção ganhou de 1 a 0, fruto de uma bola parada.
Neymar fez no primeiro jogo e deu o passe para o gol no segundo.
Nota do jogo?
Cinco para o primeiro tempo, sete para o segundo, média 6.
Mas o café estava ótimo.