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Líderes da oposição no Congresso informaram neste sábado (6) que pretendem levar para apuração na CPI mista da Petrobras as denúncias do ex-diretor de Refino e Abastecimento Paulo Roberto Costa, que em depoimentos à Polícia Federal delatou dezenas de senadores e deputados federais, governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propinas com dinheiro de contratos da estatal; assunto será discutido na comissão na quarta (10); "A delação amplia a potência da CPI mista de alcançar pessoas poderosas. Sem esses depoimentos, continuaremos sem foco", afirma o deputado federal Fernando Francischini (foto), líder do Solidariedade.
Líderes da oposição no Congresso informaram neste sábado (6) que
pretendem levar para apuração na CPI mista da Petrobras as denúncias do
ex-diretor de Refino e Abastecimento Paulo Roberto Costa, que em
depoimentos à Polícia Federal delatou dezenas de senadores e deputados
federais, governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de
pagamento de propinas com dinheiro de contratos da estatal.
O líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), anunciou que
pedirá na segunda-feira (8) uma "reunião de emergência" da CPI. Ele
afirmou que também pretende solicitar, por meio da CPI, cópia dos
depoimentos que Costa prestou a policiais federais e a procuradores da
República.
O deputado Mendonça Filho (PE), líder da bancada do DEM, disse que
requisitou à assessoria jurídica do partido uma avaliação de medidas a
serem tomadas. Segundo o deputado, o caso poderá ser discutido na
próxima quarta-feira (10).
O deputado Fernando Francischini, líder do Solidariedade, afirmou que
vai protocolar na quarta-feira, durante a sessão que ouvirá Nestor
Cerveró, um requerimento solicitando que a CPI reivindique acesso aos
depoimentos de Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal.
Na avaliação do parlamentar, o material de Costa pode mudar os rumos
da comissão parlamentar. "A delação amplia a potência da CPI mista de
alcançar pessoas poderosas. Sem esses depoimentos, continuaremos sem
foco. Essa história vai virar o mensalão 2", declarou.