6.9.14

Neymar resolve com a mão no pé e a do árbitro

Por JUCA KFOURI - Via UOL Esporte -
 
Embora a Colômbia tenha sido eliminada pelo Brasil na Copa do Mundo e acabado em quinto lugar, uma posição atrás dos anfitriões, o time colombiano foi recebido com festa em Bogotá e o brasileiro enterrado a sete palmos em Belo Horizonte.

Daí, também, o interesse pelo amistoso desta noite em Miami, onde, ainda antes de o jogo começar, os americanos ensinaram como se deve tratar um espetáculo esportivo, diante de mais de 73 mil torcedores.

O jogo de amistoso não teve nada.

Pegadíssimo e sob arbitragem fraca de um canadense molenga.

Neymar apanhava de um lado, James Rodriguez apanhava do outro.

Aos 32, a primeira chance real de gol, com Oscar desperdiçando um contra-ataque por usar o pé errado na hora do arremate final.

Dois minutos depois, Jefferson fez boa defesa, em chute de fora da área.

O meio de campo brasileiro não criava pois lhe falta um criador e Tardelli, se movimentando como deve, errava sempre o último passe.

Em 38 minutos os colombianos ganhavam por 3 a 2 em cartões amarelos.

Aos 39, Neymar deu lindo passe para Ramires que chutou fraco.

A resposta veio em seguida, com nova boa defesa de Jefferson.

O primeiro tempo terminou sem gol, sem motivo para aplaudir nem para vaiar.

No terceiro jogo de Dunga como técnico da Seleção contra Colômbia, acontecia um terceiro empate 0 a 0.

Para o segundo tempo, os amarelados brasileiros Ramires e Luís Gustavo saíram para as entradas de Elias e Fernandinho.

Logo aos 3 Neymar perdeu um gol imperdível e, no minuto seguinte, provocou a exagerada expulsão de Quadrado.

Aí virou ataque contra defesa e as oportunidades foram se sucedendo com Fernandinho, com Tardelli, mas, gol que é bom, nada.

Aos 26, enfim, Phillipe Coutinho e Everton Ribeiro entraram nos lugares de Oscar e William, que pouco fizeram.

Aos 30, para euforia colombiana, Falcão Garcia veio para o jogo, ele que foi o grande desfalque colombiano na Copa. E entrou no lugar de James Rodriguez, em noite apagada.

No Brasil, Robinho entrou no lugar do trabalhador Tardelli.

David Luís, machucado, deu lugar a Marquinhos.

O time amarelo tinha a bola, o vermelho se defendia e a defesa prevalecia sobre os donos da pelota.

Até que, aos 37, uma bola na mão virou mão na bola e Neymar bateu como também se fosse com a mão, no ângulo, na junção das traves: um golaço do melhor jogador em campo, mesmo que sem ter sido excepcional.

O 1 a 0 foi justo e mostrou que há muito trabalho pela frente, como era mesmo de se esperar.