Por JUCA KFOURI - Via UOL Esporte -
Embora a Colômbia tenha sido eliminada pelo Brasil na Copa do Mundo e
acabado em quinto lugar, uma posição atrás dos anfitriões, o time
colombiano foi recebido com festa em Bogotá e o brasileiro enterrado a
sete palmos em Belo Horizonte.
Daí, também, o interesse pelo
amistoso desta noite em Miami, onde, ainda antes de o jogo começar, os
americanos ensinaram como se deve tratar um espetáculo esportivo, diante
de mais de 73 mil torcedores.
O jogo de amistoso não teve nada.
Pegadíssimo e sob arbitragem fraca de um canadense molenga.
Neymar apanhava de um lado, James Rodriguez apanhava do outro.
Aos 32, a primeira chance real de gol, com Oscar desperdiçando um contra-ataque por usar o pé errado na hora do arremate final.
Dois minutos depois, Jefferson fez boa defesa, em chute de fora da área.
O
meio de campo brasileiro não criava pois lhe falta um criador e
Tardelli, se movimentando como deve, errava sempre o último passe.
Em 38 minutos os colombianos ganhavam por 3 a 2 em cartões amarelos.
Aos 39, Neymar deu lindo passe para Ramires que chutou fraco.
A resposta veio em seguida, com nova boa defesa de Jefferson.
O primeiro tempo terminou sem gol, sem motivo para aplaudir nem para vaiar.
No terceiro jogo de Dunga como técnico da Seleção contra Colômbia, acontecia um terceiro empate 0 a 0.
Para o segundo tempo, os amarelados brasileiros Ramires e Luís Gustavo saíram para as entradas de Elias e Fernandinho.
Logo aos 3 Neymar perdeu um gol imperdível e, no minuto seguinte, provocou a exagerada expulsão de Quadrado.
Aí virou ataque contra defesa e as oportunidades foram se sucedendo com Fernandinho, com Tardelli, mas, gol que é bom, nada.
Aos 26, enfim, Phillipe Coutinho e Everton Ribeiro entraram nos lugares de Oscar e William, que pouco fizeram.
Aos
30, para euforia colombiana, Falcão Garcia veio para o jogo, ele que
foi o grande desfalque colombiano na Copa. E entrou no lugar de James
Rodriguez, em noite apagada.
No Brasil, Robinho entrou no lugar do trabalhador Tardelli.
David Luís, machucado, deu lugar a Marquinhos.
O time amarelo tinha a bola, o vermelho se defendia e a defesa prevalecia sobre os donos da pelota.
Até
que, aos 37, uma bola na mão virou mão na bola e Neymar bateu como
também se fosse com a mão, no ângulo, na junção das traves: um golaço do
melhor jogador em campo, mesmo que sem ter sido excepcional.
O 1 a 0 foi justo e mostrou que há muito trabalho pela frente, como era mesmo de se esperar.