ROBERTO MONTEIRO PINHO -
Afinal de contas à
comandanta do PT boquinha e aliados está falando pra quem nessa campanha
eleitoral? Enquanto a “CARRETA DESGOVERNADA” prega no deserto, e distribui suas
elucubrações (palavra feia essa), mas adequada a pessoa, no universo da
eleição, nada acontece.
Talvez por causa do
fato maior, a tragédia que ceifou a vida do candidato à presidência Eduardo Campos.
Hoje só se fala em: “Pasadena e o rombo da Petrobras”, e ainda no cardápio o
anúncio da comandanta: “governo novo, equipe nova”, a indicação da demissão do
ministro da Fazenda Guido Mantega.
Outro forte
ingrediente estremece a reeleição (que em minha opinião não acontecerá). Tudo
agora está na conta da manobra ardilosa e criminosa da presidente da Petrobras
Graça Foster, que ao desviar seus bens imóveis, com doação para os filhos, em
flagrante crime de burla a Lei criminal. Se pouco, vamos acrescentando o envolvimento
nessa manobra, inescrupulosa e ofensiva à sociedade brasileira, do ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU), Eduardo Jorge, que num conluio com a cúpula
petista e a comandanta Dilma, deu o criminoso "golpe”.
O fato é se: a
eleição fosse hoje possivelmente à candidata á presidência Marina Silva seria a
eleita. Mas se continuar esse massacre justificável com a comandanta na
berlinda (outra palavra, porém dócil), sem que ela mereça, a Marinamania estaria
eleita e bem votada, com número de votos, talvez próximo do alcançado por
Lula-lá no segundo mandato.
Caso Petrobras é maior que Pasadena e
mensalão
Na verdade a
reportagem da revista Veja falando da delação premiada de Paulo Roberto Costa,
o ex-diretor da Petrobras, jogou o cenário político no momento está à
beira de um “ataque de nervos”. No episódio estão envolvidos: "três
governadores, seis senadores um ministro de estado e pelo menos 25 deputados
federais”, todos sob seria suspeita, porque, "embolsaram ou tiraram
proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal".
Na lista estão a
governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e dois ex-governadores, o do Rio,
Sérgio Cabral, e o de Pernambuco, Eduardo Campos. O ministro é o de Minas
e Energia, Edison Lobão. Entre parlamentares os presidentes da Câmara, Henrique
Eduardo Alves, o do Senado, Renan Calheiros. Aparecem ainda mencionados os
senadores Romero Jucá e Ciro Nogueira, além dos deputados Cândido Vaccarezza,
Mário Negromonte e João Pizzolatti. Um grupo para ninguém achar defeito.
Esquentando as
denuncias, visto e revisto o caso, se nada, absolutamente nada escapar dos
olhos daqueles que pensam um Brasil de “mudanças”, a hora é essa. Dai que a
criação de uma CPI para investigar o caso é o menos grave, do gravíssimo crime,
afinal ali é a casa dos fraudadores, transvestidos de políticos. Existem hoje duas CPIs da Petrobras em curso
no Congresso - uma mista e a CPI do Senado. Desses colegiados sairão os
primeiros movimentos, uma vez que já existem reuniões previstas para esta
semana. Mas a força que o governo tem hoje no Supremo Tribunal Federal é maior
do que há alguns anos, o que pode ajudar o PT.
E como a delação
apenas começou, ou seja, as afirmações do ex-diretor ainda precisam ser
confrontadas e detalhadas com documentos, teremos um escândalo que tem tudo
para demorar a sair de cena. Havendo o segundo turno na eleição, é possível que
por terem tempo de TV igual, os dois que passarem no pleito de 3 de outubro, (repito
se tiver o segundo turno) se enfrentem sob esse excitante tema, e será melhor
assim, um dado novo, dentro dessa monótona campanha presidencial.
Marina certamente dirá: “não foi
comigo”
Creio e arrisco
aqui, que inclusive Marina Silva a candidata do PSB dirá que não tem nada a ver
com a citação do nome de Eduardo Campos. Quanto à presidente Dilma, sempre
poderá dizer que a Operação Lava Jato transcorre em seu governo, ou seja, não
compactua com malfeitos. Ela passará os próximos dias adotando uma distância
segura de João Vaccari, o tesoureiro do partido citado no que já vem sendo
chamado de "petrolão". Ainda assim não é possível afirmar com
segurança que esse discurso salvará a reeleição.
Uma pesquisa nesse
momento, trará uma visão impactante. Mas quem perderá pontos? Nós estados,
o clima “esquentou”. No Maranhão, a citação de Roseana tende a ajudar Flavio
Dino (PCdoB). No Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves lidera as
pesquisas, mas deve cair a partir de agora. No Rio de Janeiro é certo que o
candidato Garotinho irá explorar o tema. Em Pernambuco, entretanto, a tendência
é de manter Eduardo em alta. Nesse momento no Rio, a última pesquisa encostou o
candidato Pezão no primeiro lugar. E como bem lembrou um renomado colunista, “o
povo costuma considerar covardia bater em quem já morreu”. Mas esse colunista
arrisca dizer que Marina Silva não se abaterá com o escândalo.
O fato é que, a
delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa substitui agora
o trauma pela morte de Eduardo Campos no quesito influência no voto do eleitor.
A diferença é a de que a morte consternou e ajudou a dar uma excelente
exposição à Marina por uma semana. Agora, o escândalo dará uma exposição pra lá
de negativa aos personagens citados. E nessa seara, Dilma é quem tem mais
a perder não tanto por envolvimento no episódio (o nome dela não é citado e ela
sempre poderá dizer que trocou o comando da Petrobras). O problema é o desgaste
do governo como um todo.
Movimentos pela reforma
política
Cerca de 447 organizações e movimentos
sociais, nacionais e estaduais, (todas atreladas ao petismo, incluindo os
boquinhas) intensificam até domingo a coleta de assinaturas em defesa de um
plebiscito para a realização da reforma política. De olho nas pesquisas que
despencaram para a candidata comandanta Dilma, o ex-presidente Lula-lá gravou
mensagem para a campanha. O partido esclarece que não está à frente da
mobilização em favor do plebiscito, mas a proposta tem as digitais da
presidente Dilma Rousseff, que a lançou para fazer frente às manifestações
populares de junho de 2013.
A ideia de Constituinte
exclusiva chegou a ser cogitada no governo, mas ficaram pelo caminho por
trazer, no bojo das implicações jurídicas, mais problemas do que soluções. O
plebiscito, porém, está nas diretrizes para o programa de governo Dilma, como
mecanismo de participação popular para definir os principais temas da reforma.
Pelo sim, pelo não é o único manejo eleitoral que a comandanta pode colocar em
prática.
Quero
mandar um aviso ao comando da campanha da comandanta Dilma: a invasão nas
contas da rede social, com postagens da candidata, está irritando os membros da
comunidade. O atrevimento dessas pessoas que se infiltram e invadem as contas
do facebook é tamanha que está criando uma rejeição sem precedentes.