6.9.14

COM A ECONOMIA EM FRANGALHOS, DONA DILMA DEMITE O MINISTRO DA FAZENDA, PUBLICAMENTE, TRÊS MESES ANTES DE ACABAR O TRAUMÁTICO E INSENSATO GOVERNO

HELIO FERNANDES -

Na terça feira, desperdiçando o tempo “precioso” da televisão, Dona Dilma garante: “Governo novo, equipe nova. Governarei com outra equipe”. Nada surpreendente ou exótico. Mesmo em governos bons, existem modificações. Nada é estático.

Ainda mais num governo que é um fracasso puro e continuado, ninguém esperava que esses 39 ministros fossem intocados e insubstituíveis. Depois da declaração de mudança em conjunto, horas depois, Dona Dilma volta a falar em “mudanças” de Ministros, mas dá apenas um nome.

Afirma textualmente: “No meu próximo governo, depois de reeleita, Mantega não será mais Ministro da Fazenda”. O lado mais vulnerável, do seu governo, um desastre com ares de tragédia grega, é a economia. Por que então deixam o ministério vazio nos últimos meses do primeiro mandato, anunciando mudanças para o segundo, ameaçado de não existir?

Além do mais desconsideração e falta de educação com um companheiro, que vem desse primeiro mandato de Lula. Foi Ministro do Planejamento do ex-presidente. Vagou a presidência do BNDES, Lula levou Mantega para lá, ninguém liga para Planejamento.

Com as irregularidades sempre repetidas do Ministro da Fazenda Pallocci, teve que ser demitido. Quem foi nomeado para o cargo importantíssimo? Mantega.  Agora o único avisado publicamente que não é mais ministro. E dona Dilma ainda acredita que será reeleita.

A premeditada, assombrosa, revoltante e inexplicável doação dos bens da presidente da Petrobrás, estremeceu até os alicerces do prédio da empresa. Vergonhoso, mas antes dessa palavra é preciso rotular o fato como criminoso. E apenas para ela e para o ex-diretor Cerveró. 

Dona Graça, Cerveró, Dilma, e o ministro Eduardo Jorge 

O TCU estava pronto para bloquear os bens de Dona Graça; Eduardo Jorge, o controverso e contraditório Ministro do Tribunal de Contas, determinou o bloqueio dos bens, (muitos, não?) da presidente. Ela soube fez doação dos bens, grave e irregular.

Eduardo Jorge, quando soube, disse publicamente: “Esse fato é ainda mais grave”. Quando se esperava que tomasse medidas drásticas, anulou o bloqueio. Isso é cumplicidade. Já teria livrado Dona Dilma, ainda mais grave. 

A solução: demissão geral 

Antes que entregasse a Dona Dilma e a Dona Graça, o Prêmio Nobel da Corrupção do Petróleo, é preciso fazer uma limpeza geral na empresa. Sem esquecer o ex-presidente Lula, e o ministro do TCU, Eduardo Jorge. Este já deve estará perto da “expulsoria”, mas ainda há tempo. Mistério sobre corrupção colossal na Petrobrás. Nem a situação nem a oposição tocam no assunto. 

A Petrobras e a campanha presidenciável 

A maior empresa brasileira, a mais poderosa de todas, vem sendo atacada por muitos lados e modos.

Falsificaram e fraudaram até as perguntas que os corruptos de Pasadena teriam que responder.

E alem de tudo, Dona Dilma foi tirada á força da lista dos que teriam que depor. Nenhum presidente pode ser intocado e inocentado por causa do cargo que ocupa. No escândalo-corrupção Pasadena, Dona Dilma acumulava a chefia da Casa Civil com a presidência do Conselho da Petrobrás. Mais responsável e irresponsável, do que ela, impossível. 

Dilma na televisão 

Os marqueteiros de Dilma estão assustados (leia-se, apavorados) com o tempo de televisão da presidente. Já se aproxima dos 12 minutos, continua brigando por causa de 40 segundos de um partido, mais 40 de outro.

Não deviam ficar satisfeitos, quando todos avaliam que o tempo de televisão é fundamental para a campanha? Deviam, mas não em se tratando de Dona Dilma.

Ela é cansativa, repetitiva, medíocre, monótona e monocordica, tudo o que afasta o público. Além do mais, sua falta de carisma é lendária. Salvação: os adversários são piores ainda. 

Campanha oficial 

É irrefutável: Dona Dilma vem fazendo campanha para a reeleição, há muito tempo. E no dia 1º de maio, exagerou ou exorbitou. Sobre isso nenhuma duvida.

Mas existe outra questão também irrefutável: com a reeleição, é impossível o presidente não fazer ou não estar em campanha.

O presidente seja de que partido for, vá onde quiser, estará levando a maquina oficial. E disputando nova candidatura, estará sempre em campanha. 

Aécio e a reeleição 

Nas mais diversas oportunidades, afirma: “Vou acabar com a reeleição”. Isso para não “descontentar” Aécio. Dois fatos ficam pendentes. 1 – Não tem a menor chance de ser eleito. 2 – Mesmo se fosse eleito, poderia “mudar” o discurso, o povo exige minha reeleição. 3 – Nesse capítulo, rigorosamente verdadeiro, só o que afirma Dona Marina: “Vou acabar com a reeleição”. Quase certo que aumente o mandato para cinco anos, o que defende há anos. 

PS- Dona Marina é bem capaz de aumentar o mandato do presidente, mas a “partir” do próximo eleito. Não se aproveitaria de uma decisão igual a FHC, que comprou a reeleição, rasgou a Constituição, ficou mais quatro anos no cargo. 

PS2- E na pressa de se aproveitar, deixou a Constituição violada, estuprada, caótica, contraditória. Vejam o que aconteceu: com a modificação, o presidente passou a poder tentar a reeleição, sem sair do cargo. 

PS3- Mas qualquer que seja o motivo, o presidente quiser disputar outro cargo (vereador, deputado estadual, federal, senador) terá que se desincompatibilizar. 

PS4- Só mesmo na cabeça de FHC. Agora, Aécio tentou ressuscitar o ex-presidente, a presença dele ao seu lado, fator de descrédito. Serra e Alckmin, quando presidenciáveis, não chamaram nem citaram FHC.