25.6.14

O VICE DOS EUA, E A COMISSÃO DA VERDADE

HELIO FERNANDES -

O nada “preclaro” Joe Biden esteve assistindo um jogo do seu país em Natal, não custava nada, foi a Brasília conversar com Dona Dilma. No meio da conversa, resolveu fazer promessa: “Vamos mandar documentos sobre a ditadura de 1964, para ajudar a investigação”. Chamei isso de insulto.

Joe Biden fez essa promessa para ver se “comovia” Dona Dilma a marcar a “visita de Estado” que ela cancelara por causa da espionagem. Não sou contra a ida da presidente aos EUA. 

E os documentos? 

Deve ir. Mas antes exija o cumprimento do que o vice presidente ofereceu. Incluindo principalmente, as centenas de correspondências (em código) enviadas pelo Embaixador Lincoln Gordon para o Departamento de Estado. 

E a Operação Brother Sam? 

É preciso receber também os documentos oficiais a respeito da movimentação naval da poderosa Marinha americana, nas costas brasileiras. Todos conhecemos esse fato.

Mas queremos saber quem deu a ordem para que a PODEROSA ARMADA dos EUA, “ficasse aqui por perto, no caso de golpe provocar guerra civil”.

Dona Dilma não garantiu que remarcará a “visita de Estado”. Mas pode remarcar, tranquilamente, se receber os documentos oferecidos pelo vice. Conhecemos tudo isso de ver e de viver. Mas queremos a comprovação oficial. 

Cesar Maia, o municipal 

Foi prefeito antes e depois da reeleição. Nos intervalos, foi derrotado para governador por Marcello Alencar, e em 2010, se candidatou a senador, outra derrota. Vereador em 2012, com apenas 40 mil votos. Agora, candidato a governador, sem a menor chance de chegar entre os quatro. 

Cabral joga Maia no páreo 

O ex-governador era candidato certo a se eleger senador o que já foi. Passou o cargo ao vice Pezão, no prazo legalmente exigido pela Lei Eleitoral. Inesperadamente, Cabral começou a conversar com Maia, até este ficou surpreendido. 

“Não sou mais candidato” 

O próprio Maia, quando ouviu essa declaração do próprio Cabral, pensou (?) que era piada ou jogada política, não acreditou. Mas convencido de que era verdadeira, e que Cabral queria que ele fosse candidato numa chapa Aezão-Maia, quase se jogou da janela, de tanta satisfação. 

Terrível repercussão negativa 

A desistência transformada em realidade, surpreendeu a todos, até dos partidos adversários. Pergunta unanime: qual é a jogada ou o objetivo de Cabral? E como Maia não soma nada, é terrivelmente individualista, a repercussão é amplamente negativa.

Muitos me dizem: “Helio, isso não é decisivo, Cabral pode voltar como candidato”. Pezão-Cabral é uma chapa forte, apesar do desgaste do ex-governador. Concluindo: tudo isso que escrevi, rigorosamente verdadeiro, mas nada definitivo.

Eduardo Paes frasista inútil 

Desalentado, sentindo-se alcançado pelo acordo de Aécio-Pezão, que resultou no Aezão, chamou a aliança de “suruba eleitoral”. Pode ser, mas não dita por ele.

Na CPI em que se lançou, fez críticas terríveis a Lula, tratando-o como inimigo e não adversário. Não demorou, candidato a prefeito, nos braços do ex foi eleito por Lula e Cabral, reeleito por este. Com quem está rompido, diz que para sempre. 

Argentina tem que ser apoiada contra os “abutres” 

A justiça dos EUA não tem nada que prejudicar a Argentina para favorecer esses chamados “fundos abutres”, que pelo nome não se percam. Kirchner é uma péssima administradora, e além disso o problema é de 2001, quando nem imaginava chegar a presidente. 

A Argentina, o país e o povo 

Isso é que precisa ser respeitado. A justiça, seja de onde for, não pode ficar a favor de bandidos. O país e os cidadãos estão fazendo tudo para cumprir o que negociaram. Agora levados ao inferno financeiro por bandidos e juízes. Ou “juízes”? 

PS – Hipócrita, Felipão diz em entrevista coletiva: “Acho o Chile o adversário mais difícil”. Não é, mas pode ganhar. Se isso acontece, virá com a desculpa: “Eu não disse, eu não disse?” 

PS2 – O Brasil, perdão, Neymar, venceu, está nas oitavas. Ainda não ganhou nada, as duas seleções beneficiadas pelo sorteio foram Brasil e Argentina. Não podiam deixar de passar, passaram com sofrimento. 

PS3 – Agora a seleção do Brasil, além dos adversários tem dois obstáculos impiedosos. Felipão e sua “teimosia” burra. Embora ele não tenha coragem para tirar o Fernandinho. (Nada contra o Paulinho, é uma pessoa notável mas não vem jogando bem). 

PS4 – O outro perigo que não pode ser afastado, é a badalação dos jornalistas “felipaozistas”.Principalmente de São Paulo. Contra o mediocríssimo Camarões (que desde o sorteio eu disse que está decadente, nem o ídolo Eto, com 36 anos e lesionado pode jogar) chamaram de goleada. 

PS5 – Esses paulistas, quase todos esfumaçados, (raros escapam) depois dos jogos do Brasil, dão notas aos jogadores e ao técnico. Boa ideia. Mas inacreditável: em todos os jogos, Felipão tem nota mais alta. Até no 0 a 0 contra o México. E aquele gol de Camarões, rasteiro, que passou por toda a defesa, encontrou um jogador mais livre do que os corruptos, protegidos pelo governo e a oposição. 

PS6 – Agora começam as oitavas, 16 seleções, geralmente 8 campeãs e 8 coadjuvantes. Alguns desses coadjuvantes as vezes passam para as quartas, a Holanda três vezes foi à final. Nessas oitavas começa o mata-mata, com o inconveniente: as prorrogações, chatíssimas. E os pênaltis que todos gostam, muitas vezes é emocionante e sofredor para o torcedor e para os jornalistas “felipaozistas”. 

PS7 – A “celeste olímpica” mais uma vez fez história. Jogando contra a Itália, que se classificava com o empate, jogou para isso. Só que no final fez o gol que precisava. Agora enfrenta a Colômbia, duas sulamericanas, uma pena. 

PS8 – A Inglaterra vai embora, “invicta”, jogou três vezes não ganhou nenhuma. Esse país, mais Itália e Espanha, não se classificaram, deixaram as vagas para alguns sem títulos. Chile, Colômbia, Costa Rica e Holanda disputam as oitavas, vamos ver se alguma passa para as quartas. 

PS9 – De qualquer maneira, o Le Monde acertou na manchete: “A Copa é um milagre brasileiro”. É realmente uma festa completa, confraternizações inacreditável. 

PS10 – De 4 em 4 anos, o Grand-Slan da Inglaterra e a Copa do Mundo, coincidem, embora em países diferentes. Segunda feira começou a disputa no “templo sagrado” do tênis, Nadal, Djokovic, Federer e Murray, passaram da primeira rodada. Mas Nadal, enfrentando um desconhecido Glysan, perdeu um set, e nos três que ganhou cedeu três games. Nada fácil.