Daniel
Mazola -
Cerca de 500 pessoas
gritaram palavras de ordem contra aumento em 2014
Mais
uma manifestação tomou conta do Centro do Rio, nesta sexta-feira. Desta vez, os
manifestantes pediram tarifa zero no transporte coletivo da cidade. O ponto de
encontro foi na Igreja da Candelária.
Daniel
Mazola -
Cerca de 500 pessoas
gritaram palavras de ordem contra aumento em 2014
Cerca de 500 pessoas gritaram palavras de ordem contra aumento em 2014
Centenas de pessoas caminharam pela Avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, acompanhadas de perto por policiais militares. Os manifestantes gritavam palavras de ordem, pedindo que a prefeitura custeie o transporte público e não reajuste as tarifas em 2014.
Mais cedo, o Tribunal de Contas do Município recomendou que a prefeitura carioca não reajuste o valor das passagens de ônibus, enquanto o órgão analisa a auditoria feita nas empresas de transporte.
"Isso, mais uma vez, prova que a nossa luta tem legitimidade e tem fundamento, o pessoal está se manifestando contra esse aumento", disse o estudante, que se identificou apenas como Rodrigo, ao comentar a decisão do tribunal. Ele é integrante do Movimento Passe Livre (MPL).
Detenções e truculência
Ocorreram algumas detenções
arbitrárias quando parte dos manifestantes saíram da Cinelândia em direção a
Alerj, e depois seguiram pela Avenida Presidente Vargas rumo a Aldeia Maracanã.
Um menor de idade foi detido, o motivo seria uma mochila cheia de pedras, mas
alguns manifestantes afirmam que a prova foi plantada pela PM. Uma advogada que
tentou atendê-lo foi impedida por policiais. No entanto, a advogada disse que
não existe crime por portar pedras, pois não existe "pretensão de
crime". Para ser de fato crime, o menor de idade teria que estar atirando
as pedras.
Pouco depois, outra detenção
absurda: um passageiro de um táxi, a caminho da rodoviária, questionou de forma
exaltada o que estava acontecendo. O Choque arrancou o homem à força do carro,
com uma arma apontada. O homem foi colocado numa blazer da PM e não foi
informado para qual DP seria encaminhado. A esposa, desesperada, repetia a todo
o momento que eles iam para rodoviária. E próximo à Aldeia Maracanã, outro
manifestante foi detido e encaminhado para a 17a ou 19a DP.
Há relatos de que foram lançadas
bombas de gás na altura da Praça da Bandeira, e que a ação indiscriminada da
polícia teria sido motivada após alguns manifestantes terem apedrejado uma
cabine policial. Desde cedo, havia um número significativo de ativistas
indígenas no ato, e freqüentemente ouviram-se gritos de apoio à causa.