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O Tribunal da Justiça do Rio de janeiro já tem
em mãos todas as evidências do maior esquema de corrupção do Detran, com
gravações telefônicas, e depoimento de uma ex funcionaria, que já trabalhava lá a
13 anos e que denunciou como era o esquema e o papel de cada um.J á se consegue
chegar a nomes de envolvidos como João Antônio Barros , Luiza Bustamante e do
deputado estadual Jairo (PMDB) que indicou seu genro que levou parentes aos
devidos postos estratégicos.
Uma quadrilha na qual
havia 181 funcionários incluindo despachante, policial e funcionário do
departamento de transito, movimentava 2 milhões por mês em legalização de
carros irregulares. Segundo informações o deputado indicava as pessoas
para trabalhar na agência Facility, na qual era a responsável pelos
funcionários terceirizados do posto.
Segundo testemunha 4 dos indicados pelo deputados são seus
parentes de Hélio Oliveira, genro do parlamentar: os irmãos Sandro e Alexandre
Afonso, a cunhada Glauciele Paes e o "Compadre" Fagner Gomes. Eles
eram encarregados de cobrar propinas, Sandro e Fagner coordenavam os turnos da
manhã e tarde exigindo de cada vistoriados R$ 50 por cada carro vistoriado.
A
caixinha era uma espécie de pedágio para trabalhar nos guichês onde passavam
táxis, vans e carros alugados — classificados como os mais fáceis de ter
irregularidades e candidatos a pagar boas propinas pela vista grossa. Os
funcionários que se recusavam a arrecadar dinheiro — para não atrapalhar a
quadrilha — iam para guichês de emplacamento, com baixa possibilidade de
irregularidade. O esquema era todo supervisionado pelo chefe do posto, Flávio
Tomelin que também foi indicado pelo coronel Jairo.
Segundo a testemunha a reprodução da propina é usada usada
toda a campanhas políticas como a candidatura do vereador Jairinho (filho do
coronel Jairo) que não só recebeu ajuda logística como votos que eles impunham
que funcionários e familiares votassem.À espera do procurador processo que
apura a máfia no Detran foi enviado pela juíza Regina Freitas, de Santa Cruz,
ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça — justamente por envolver um
parlamentar com direito a foro privilegiado. Ele aguarda, há duas semanas, o
parecer do procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira.
Na decisão, a
juíza diz que na investigação fica ‘evidenciada a participação no esquema do deputado
estadual Coronel Jairo’, que o depoimento da testemunha corrobora as
transcrições telefônicas e os ‘demais elementos encontrados nos autos’. A
testemunha ganhou direito a delação premiada.