24.12.13

GRANDE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DO DETRAN

Via Jornal Zona de Conflito Mídia independente -

O Tribunal da Justiça do Rio de janeiro já tem em mãos todas as evidências do maior esquema de corrupção do Detran, com gravações telefônicas, e depoimento de uma ex funcionaria, que já trabalhava lá a 13 anos e que denunciou como era o esquema e o papel de cada um.J á se consegue chegar a nomes de envolvidos como João Antônio Barros , Luiza Bustamante e do deputado estadual Jairo (PMDB) que indicou seu genro que levou parentes aos devidos postos estratégicos. 

Uma quadrilha na qual havia 181 funcionários incluindo despachante, policial e funcionário do departamento de transito, movimentava 2 milhões por mês em legalização de carros irregulares. Segundo informações o deputado indicava as pessoas para trabalhar na agência Facility, na qual era a responsável pelos funcionários terceirizados do posto.

 
Segundo testemunha 4 dos indicados pelo deputados são seus parentes de Hélio Oliveira, genro do parlamentar: os irmãos Sandro e Alexandre Afonso, a cunhada Glauciele Paes e o "Compadre" Fagner Gomes. Eles eram encarregados de cobrar propinas, Sandro e Fagner coordenavam os turnos da manhã e tarde exigindo de cada vistoriados R$ 50 por cada carro vistoriado.


A caixinha era uma espécie de pedágio para trabalhar nos guichês onde passavam táxis, vans e carros alugados — classificados como os mais fáceis de ter irregularidades e candidatos a pagar boas propinas pela vista grossa. Os funcionários que se recusavam a arrecadar dinheiro — para não atrapalhar a quadrilha — iam para guichês de emplacamento, com baixa possibilidade de irregularidade. O esquema era todo supervisionado pelo chefe do posto, Flávio Tomelin que também foi indicado pelo coronel Jairo.

Segundo a testemunha a reprodução da propina é usada usada toda a campanhas políticas como a candidatura do vereador Jairinho (filho do coronel Jairo) que não só recebeu ajuda logística como votos que eles impunham que funcionários e familiares votassem.À espera do procurador processo que apura a máfia no Detran foi enviado pela juíza Regina Freitas, de Santa Cruz, ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça — justamente por envolver um parlamentar com direito a foro privilegiado. Ele aguarda, há duas semanas, o parecer do procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira.

Na decisão, a juíza diz que na investigação fica ‘evidenciada a participação no esquema do deputado estadual Coronel Jairo’, que o depoimento da testemunha corrobora as transcrições telefônicas e os ‘demais elementos encontrados nos autos’. A testemunha ganhou direito a delação premiada.