25.7.19

PRESIDENCIÁVEIS SEM LEGENDA

HELIO FERNANDES -


Pretendem criar (recriar) as candidaturas independentes, principalmente para presidente da Republica. É preciso apoiar e prestigiar o Congresso, ele é a base da democracia.

Ressalvado naturalmente o combate á corrupção, que deve continuar ainda com mais intensidade, duro, implacável, sem consideração ou proteção.

Vários países têm voto independente, inclusive os EUA, com 2 partidos de verdade. Mas em toda a história, jamais um avulso ganhou eleição. No Brasil existia o voto sem partido em toda a primeira República 1889 até 1934, com a primeira constituinte democrática. Durante todo esse tempo só havia o Partido Republicano, não existia eleição e sim "escolha", farsa completa.

A partir de 1910, Rui Barbosa foi candidato 4 vezes, sem partido, desistiu duas confirmou duas. Em 1910 perdeu para o general Deodoro, (sobrinho do primeiro "presidente") depois de notável campanha, inclusive com a histórica e extraordinária "oração aos moços".

Em 1919, cansado e envelhecido, perdeu para Epitácio Pessoa, ministro aposentado do STF, que morava em Paris depois de uma representação oficial. Rui morreria logo depois, tido e havido como estadista e o maior brasileiro da vida publica.

PS- Com 31 partidos registrados, o voto sem legenda é um crime contra a democracia e a representatividade.

PS2- Ha mais de 30 anos, na Tribuna, sugeri e defendi com insistência, que todos os partidos fossem obrigados a lançar candidatos a presidente da Republica em todas as eleições.

PS3- Justificativa cada vez mais importante: os partidos se organizam para conquistar o poder, democraticamente, e realizar suas ideias, cumprir seus compromissos.

PS4- No segundo turno teriam que fazer alianças, apenas dois podem alcançar o poder.

PS5- Teriam que apoiar o vencedor que mais se aproximasse da sua legenda.