25.7.19

MULHER É DISCRIMINADA NO MERCADO DE TRABALHO

REDAÇÃO -


O mercado de trabalho é implacável com a mulher. Embora estudem mais, 22% das profissionais têm o nível superior completo contra 18,4% dos homens, elas são minoria nos cargos de direção das empresas e também ganham menos. 

A renda média de um trabalhador adulto do sexo masculino é 26% maior do que a de uma mulher na mesma faixa etária. No ano passado, o salário médio delas foi de R$ 2.050,00. Já o dos homens chegou a R$ 2.579,00, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

As desigualdades persistem até em profissões em que elas são maioria e trabalham o mesmo número de horas do que os homens. É o caso do sistema financeiro. O rendimento das bancárias é 22,3% do salário médio dos homens, aponta dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).   

A diferença é tão grande que a equiparação salarial no setor deve levar 66 anos, maior do que a média nacional, de 42 anos. Não é só isso. A participação das mulheres no alto escalão dos bancos é muito pequena, cerca de 88% dos cargos são ocupados por homens.

A desigualdade salarial também gera impacto negativo na economia brasileira. Para se ter ideia, entre 2007 e 2014, cada 10% de aumento na diferença salarial reduziu em 1,5% a expansão do PIB per capita dos municípios do país.

Valorização da diversidade - Justamente para combater a discriminação no setor e promover ações inclusivas no ambiente de trabalho, o Comando Nacional dos Bancários realiza a campanha de Valorização da Diversidade. Até outubro, a categoria deve responder a questionários sobre o tema. O resultado deve ser divulgado no início de 2020. A iniciativa tem a parceria da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Fonte: CTB