MIRANDA SÁ -
“No desespero e no perigo, as pessoas aprendem a acreditar no milagre. De outra forma não sobreviveriam” (Erich Remarque)
Escrevi num artigo anterior que as palavras são instrumentos para batear sapiência; e acrescento: é através delas que as pessoas se entendem, se julgam e se compreendem. Escritas ou faladas, quando traduzem um pensamento puro, já não pertencem a quem as proferiu; se ampliam e incorporam-se ao senso comum.
No mundo das ideias, as palavras condenam a intriga, o preconceito, o racismo e a violência, mas de outro lado recolhem e afagam a amizade verdadeira, o amor, a solidariedade humana e a verdade.
O mundo real, ao contrário. Não me lembro quem, e o doutor Google não soube dizer, deixou escrito que: “A natureza é implacavelmente indiferente. Essa é uma das lições mais duras que devemos aprender.”
Com os padrões de comportamento ditados por minorias introvertidas muitas pessoas se afastam do convívio social trazendo em si a indiferença; mas detêm o poder irremovível de escolher o que advier. É o que as religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e islamismo chamam de livre-arbítrio, embora isto não esteja explícito nem no velho, nem no novo testamentos, tampouco no Alcorão.
É este impulso natural que nos leva a crer ou não crer em milagres. Dicionarizado, o verbete “Milagre” é um substantivo masculino vindo do latim, “miraculum”, do verbo “mirare”, que se traduz por “maravilhar-se”. Trata-se de um acontecimento incomum, extraordinário, que não se explica normalmente e a Ciência não comprova.
Hollywood nos trouxe em 1999 o belo filme “À Espera de um Milagre”, dirigido por Frank Darabont contando no elenco com Tom Hanks, Michael Clarke Duncan, David Morse e Bonnie Hunt.
Passa-se no corredor da morte de uma prisão no Sul dos Estados Unidos. O chefe da carceragem, beneficiado pela cura sobrenatural de uma terrível infecção renal, pelo poder miraculoso de um preso, Coffey, condenado por ter matado duas crianças, tem o maior respeito por ele.
Na presença de outros agentes penitenciários, assiste-se à ressuscitação de um rato e o restabelecimento de uma senhora que tinha um câncer no cérebro. No papel do milagreiro Coffey, M. C. Duncan conquistou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante pela magnífica interpretação.
No Brasil de hoje, somos milhares de brasileiros à espera de um milagre que salve a nossa Pátria do enredo maléfico deixado pelos dezesseis anos dos governos petistas de Lula da Silva e do seu mamulengo, Dilma Rousseff, quando se institucionalizou a corrupção levando o País a tornar-se exportador de propinas para a América Latina.
E mais: deixaram a administração pública infiltrada de agentes narcopopulistas que sabotam quaisquer iniciativas e esforços para dar um fim na corrupção e criar condições para o desenvolvimento econômico do País.
Agora mesmo, estamos assistindo uma continuada conspiração, com tramas midiáticas e terrorismo virtual, botando vida política e social pelo avesso. Vemos o senhor Glenn Greenwald, cúmplice de uma criminosa ação de hackers contra personalidades do Ministério Público e da Justiça Federal, receber apoio de setores da política e da mídia, numa orquestração planejada e executada para abalar os ministros do STF, visando soltar o presidiário corrupto Lula da Silva.
A colunista Mônica Bergamo do jornal oposicionista Folha de São Paulo, porta-voz do lulopetismo, revelou outro dia a reunião de 40 advogados comprometidos em defender Greenwald. Não é pelo cerceamento da liberdade de informar, mas para impedir investigações da movimentação financeira dele pelo Coaf…
Engrossando esta grande maquinação, outro tentáculo do lulopetismo, o partido Rede, pediu que o STF suspenda qualquer investigação a respeito deste conluio contra a Lava Jato e o ministro Sérgio Moro.
Diante disso, quem pode calar-se? Sigam-me os brasileiros no compasso das palavras de Abraham Lincoln: “Pecar pelo silêncio, quando se deve protestar, faz da cidadania vergonhosamente covarde”.