18.7.19

DALLAGNOL E JAQUES WAGNER

HELIO FERNANDES -




É um prazer ler o Elio Gaspari.  E satisfação completa, complementar matéria  em que um personagem é o agora badaladíssimo Procurador. Já em plena derrocada, o grupo da Republica de Curitiba não admitia nem aceitava a carreira política e eleitoral dele. O próprio PT se surpreendia com as conquistas dele. Governador por 8 anos, (eleição e reeleição) fez o sucessor em 1914 e comandaria sua reeleição em 1918.


O comando nacional do partido, que não tinha a menor simpatia por ele, exigiu sua candidatura na campanha presidencial de 2018. Wagner, que tinha garantido o mandato de senador, (8 anos irrefutáveis e irrevogáveis) não aceitou nem negou. Dividiu seu tempo entre a campanha na Bahia. E o resto em SP e Curitiba, a chamado de Lula.

Com o ex-presidente, abriu o jogo: "Não tenho a menor chance de me eleger presidente. E já eleito senador, serei mais útil ao partido".

Lula deu sinais de que concordava, Wagner concluiu: "Presidente, por favor, não conte isso a ninguém". Procurou Haddad, que tinha medo de uma  suposta candidatura rival de dentro do próprio PT, adorou e também garantiu silencio.

Dallagnol soube dos fatos depois deles terem acontecidos. Como confessou,"resolveu investigar e denunciar Wagner". Não obteve nada.

Se fosse mais bem informado, deveria saber que Wagner foi diretor da Petrobras, no auge e no apogeu das empreiteiras. Entrava e saía do prédio, projetado e construído pela Odebrecht.

PS- Foi investigado, claro. Constataram, (primeiro pelo próprio Dallagnol depois por todos) totalmente inocentado.

PS2- Concluindo. Jamais falei com Jaques Wagner nem estive perto dele.

Não vou a Brasília, não tenho relações mesmo jornalísticas, diretamente, com personagens, que começaram se lançando como a "geração da nova capital".