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Eduardo El Hage definiu a decisão ministro Dias Toffoli que beneficiou Flávio Bolsonaro como um "retrocesso sem tamanho" e disse que ela suspenderá "praticamente todas" as investigações de lavagem de dinheiro.
O procurador Eduardo El Hage, coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato no Rio, atacou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, pela decisão que suspendeu todas as investigações com o uso de informações de inteligência financeira obtidas sem autorização judicial.
El Hage definiu a decisão como um "retrocesso sem tamanho" e disse que ela suspenderá "praticamente todas" as investigações de lavagem de dinheiro.
“A decisão monocrática do Presidente do STF suspenderá praticamente todas as investigações de lavagem de dinheiro no Brasil. O que é pior, ao exigir decisão judicial para utilização dos relatórios do COAF, ignora o macrossistema mundial de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo e aumenta o já combalido grau de congestionamento do judiciário brasileiro", disse El Hage em nota. "Um retrocesso sem tamanho que o MPF espera ver revertido pelo plenário o mais breve possível".
No fim de 2018, relatório do Coaf apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O documento revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que havia atuado como motorista e assessor de Flávio Bolsonaro à época em que o parlamentar do PSL era deputado estadual.
Fonte: 247