Por SOLANGE RODRIGUES -
Aos afoitos que sonham endurecer suas asas no meio, através de cargos na ABI, mas ignorando a realidade, cumpre ressaltar o fato do então Presidente da Comissão Eleitoral (2016-2019), Confrade Carlos Newton, hoje membro da Chapa 2, organizada por aqueles que alçaram o Sr. Domingos Meirelles à presidência da Casa dos Jornalistas, antes das mencionadas eleições, que o então presidente Maurício Azêdo, tinha como vice o Repórter de Política, radicado em Brasília, Tarcisio Holanda.
Ao contrário de tal manobra, no mínimo questionável, os membros da Chapa Villa-Lobos, seguiram seu caminho. A inscrição da Chapa foi feita junto a Comissão Eleitoral da ABI em 2016, tendo na cabeça o jornalista e escritor José Louzeiro. Complementando sua composição, foram apresentados os nome dos candidatos à diretoria e conselhos. No dia da inscrição, uma página de rascunho da Chapa Villa-Lobos com nomes sem as designações, sumiu. A página passou a ser usada visando justificar o veto à inscrição da Chapa Villa-Lobos. O livro contendo a Ata manuscrita, assinada pelos três coordenadores das chapas e pelo então presidente da Comissão Eleitoral, o Conselheiro Carlos Newton, indicando a entrega das listagens dos associados, desapareceu. Diante da recusa da direção, em fornecer a listagem, num ato de protesto, Carlos Newton se afastou da ABI.
Desde então, apesar da perda irreparável de José Louzeiro, Mário Augusto Jakobskind e Fernando Paulino, os membros da Chapa Villa-Lobos vem lutando a boa luta, para restaurar a lisura necessária ao funcionamento de uma das mais importantes entidades de imprensa do País, através da qual assistimos ser revogada a Lei de Imprensa, juntamente com o parágrafo XIV que dizia "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional", com a justificativa de ser um "entulho da ditadura".
Os jornalistas ficaram sem nenhuma segurança, porque a promessa de que outra Lei seria elaborada, não foi cumprida. Desde então a categoria ficou exposta à manipulação dos parlamentares, de alguns membros do judiciário e dos que tem poder nos meios de Comunicação de massa, interessados em manter cargos, mesmo que para isso tenham que em neutralizar vozes que contrariam os interesses de 1% dos homens mais ricos do planeta.
As perguntas que não querem calar são as seguintes:
1. Por que não foi proposto no anteprojeto de revogação da Lei de Imprensa, a manutenção do parágrafo XIV dizendo que "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional?"
2. Por que até hoje não foi elaborada uma nova Lei de Imprensa, conforme o acordado com o presidente Maurício Azêdo?
Conhecimento de causa, conhecimento de dor.
Aqueles que admitem a falta de conhecimento podem pedir perdão pelos erros cometidos, sem se humilhar.
*Solange Rodrigues, é jornalista e escritora. Associada da ABI, inadimplente.