MIRANDA SÁ -
“Há quatro características que um juiz deve possuir: escutar com cortesia, responder sabiamente, ponderar com prudência e decidir imparcialmente”. (Sócrates)
É impossível omitir a comemoração dos 5 anos de Lava Jato, festejada pelos faxineiros que trabalham para varrer os restos de corrupção deixados pelos governos lulopetistas atravancando corredores dos ministérios, tribunais, casas do Congresso e empresas estatais.
Entre as velinhas sopradas nas festas de março, uma, de grande luminosidade, foi dedicada ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pela sua disposição, energia e independência nos primeiros julgamentos, com o reconhecimento estendido aos seus colaboradores, juízes de outros estados, procuradores e policiais federais.
Como o epicentro da Lava Jato ficou em Curitiba, Moro representou com a equipe da Operação, a ação fundamental de investigação, buscas, prisões e julgamento, que quase à unanimidade, o povo brasileiro exige.
Assim, não é por acaso que ele passou a ser alvo do fanatismo lulopetista, pela coragem de levar à prisão o chefe da Orcrim Política, Lula da Silva, condenando-o por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, crimes cometidos no exercício da Presidência da República. Julgamento homologado pelo TRF4 e pelo STJ.
Acompanham o combate ao juiz da Lava Jato várias tentativas do “Bando dos 4” do STF para soltar o Pelegão, como assistimos agora com a manhosa e aviltante liberação do presidiário para dar entrevista a um jornal de conhecida oposição ao governo Bolsonaro. É indiscutível que, como parte do esquema, eram esperados ataques que o Condenado faria (e fez) ao Ministro da Justiça.
Lula, como seus cultuadores e cúmplices na corrupção, não perdoa Moro por ter livrado a icônica Petrobras (eixo da maior corrupção governamental e partidária do mundo), dos contratos fraudulentos que davam prejuízos de até 20%; dos diretores que recebiam propinas; e do PT, beneficiado com a roubalheira.
Assim, não é demais exaltá-lo como um modelo a ser respeitado e seguido. O verbete “Modelo”, dicionarizado, é um substantivo masculino de origem italiana “modello”, que por sua vez herdou do latim vulgar, “modellum,i” de “mŏdus, i”, significando ‘medida em geral’, ‘medida que não se deve ultrapassar’.
Sua sinonímia é fértil, arquétipo, espelho, exemplo, ideal, imagem, padrão, paradigma, e muito mais, como também é vasto o seu uso substantivo, como medida, bitola; nas artes plásticas, desenho; na dramaturgia, expressão; na comunicação, impresso; na profissão, manequim; na arquitetura, maquete; no Comércio, marca; na confecção, molde; e, na moda, vestimenta.
O brilhante discípulo de Freud, Carl Gustav Jung, nos legou o conceito de arquétipos, as imagens primordiais gravadas no inconsciente coletivo, exemplificando-os como arquétipos da Morte, do Herói e do Fora de Lei. E assim, podemos considerar Sérgio Moro um arquétipo da Justiça.
Por ele, lemos no balanço dos cinco anos da Lava Jato, da condenação de criminosos de colarinho branco, dantes imexíveis, até a punição de poderosas empreiteiras, produtos de exportação de propinas e corrupção dos governos lulopetistas no comércio exterior.
Acrescente-se a recuperação (até agora) de cerca de RS$ 14 bilhões dos delatores, executivos criminosos e empresas, quantia jamais imaginada. Este sucesso superou a Operação Mãos Limpas promovida pela justiça italiana com exemplos de denodo e honradez.
Ainda faltam, neste balaio, o BNDES – cuja abertura da “caixa preta” foi prometida pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral; e também o julgamento de Dilma Rousseff, responsável pela compra criminosa da Refinaria de Pasadena.
Assim, nos festejos do quinto aniversário da Lava Jato, celebramos a chegada do juiz Sérgio Moro ao Ministério da Justiça. Ele é um modelo a ser seguido pelos colegas de ministério, pelo desprendimento, modéstia e comedimento.