REDAÇÃO -
Neste domingo (28), marca o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças ocupacionais. E o Brasil não vai aparecer bem na fotografia. Nosso País registra enorme quantidade de acidentes e o próprio Dieese, por meio do ICT, constata piora nas condições de trabalho.
O 28 de Abril foi instituído pela OIT - Organização Internacional do Trabalho - no ano de 2001. No Brasil, a Lei 11.121/2005 instituiu a mesma data - 28 - como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Nildo, presidente do Diesat e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, comanda ação na Komatsu |
Brasil - O quadro é muito grave. Segundo o Observatório do Ministério Público (https://observatoriosst.mpt.mp.br/), foram registrados 4,2 milhões de acidentes entre 2012 e 2018. Destes, houve 15.840 mortes.
Para a Médica do Trabalho Maria Maeno, da Fundacentro, “faltam políticas públicas na prevenção”. Um dado relevante da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 mostra que o Brasil teve cerca de cinco milhões de acidentes de trabalho, contradizendo dados da Previdência, que fala em torno de 500 mil.
Advogado - Antonio Carlos Lacerda, gerente Jurídico do Sindicato dos Hoteleiros de São Paulo (Sinthoresp), observa que a entidade está atenta. Mesmo assim, ocorrem acidentes. “Os funcionários que mais sofrem são os que atuam em fast-foods. Os operadores de chapa se queimam por ficarem expostos a altas temperaturas”, ele relata.
Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de SP, ressalta a importância das Normas (NRs). “Uma das nossas bandeiras é a manutenção e ampliação da Norma Regulamentadora número 12, que fixa padrões de segurança na operação de máquinas e equipamentos industriais”, explica.
O presidente do Sintracon-SP (Construção Civil), Antonio de Sousa Ramalho, que a categoria é vítima de muitos acidentes de trabalho. Ele diz: “Além da omissão patronal, enfrentamos um problema de cultura. Alguns não querem utilizar equipamentos de segurança, achando que só o outro se acidenta. Mas o papel do Sindicato é fazer um trabalho constante de conscientização”.
Base - Sexta, dia 26, Nildo Queiroz Santos, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, comandou ato na Komatsu, em Arujá. Lá, em setembro de 2017, morreu o eletricista Emerson Vieira de Souza, de 41 anos. Ele caiu de escada ao fazer manutenção, foi hospitalizado, mas não resistiu e faleceu.
Nildo, que também preside o Diesat (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas no Ambiente de Trabalho), falou aos funcionários da empresa, reunidos no pátio. “A ideia foi alertar sobre a questão da segurança do trabalho. O Sindicato está sempre pronto a agir nos casos em que a vida do trabalhador corre risco. Por isso, é importante que se conscientizem e lutem pela segurança, em defesa da própria vida”, destaca Nildo.
Fonte: Agência Sindical