REDAÇÃO -
Pelo menos duas pessoas morreram em razão das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro desde o início da noite desta quarta-feira, 6. A informação foi confirmada pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB), às 2:00 da madrugada em entrevista para a TV Globo.
Temporal provocou alagamentos na região da Gávea, no Rio de Janeiro — Foto: Stephanie Luyten/Arquivo pessoal. |
De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma das vítimas é uma mulher que morreu após o desabamento de uma casa em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No mesmo local, outros dois homens ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. Uma terceira vítima, que também estava na residência, está desaparecida.
A outra vítima fatal, de acordo com o prefeito Crivella, foi soterrada após o deslizamento de uma barreira cobrir uma casa na Rocinha, zona sul da cidade.
O Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que a cidade entrou em estágio de crise às 22h15 desta quarta-feira, 6, diante da forte chuva que cai sobre a capital, com intensas rajadas de vento. O fenômeno causou alagamentos em ruas e estabelecimento comerciais, interditou vias e deixou bairros às escuras. A previsão mostra que a tempestade deve continuar acontecendo, com força intensificada nas zonas sul e oeste. A administração municipal recomendou que a população somente se desloque "em caso de extrema necessidade" e alertou que moradores de áreas de risco precisam ficar atentos aos alertas sonoros.
O estágio de crise, de acordo com o Centro de Operações, é o terceiro nível em uma escala de três e significa chuva forte a muito forte nas próximas horas, podendo causar alagamentos e deslizamentos. As sirenes da Rocinha e Sítio Pai João foram acionadas às 21h48 e indicam que os moradores desocupem as residências e se encaminhem para os pontos de apoio nas localidades. A Defesa Civil informou ter recebido seis chamados para vistoria em desabamento de estrutura e para uma análise em um imóvel com rachaduras.
Diante da situação, a prefeitura também recomendou que os motoristas evitem as vias alagadas, assim como alertou a população a evitar contato com postes ou equipamentos que possam estar energizados. "Moradores de áreas de risco precisam ficar atentos aos alertas sonoros. O acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento. As pessoas devem se deslocar para os pontos de apoio estabelecidos pela Defesa Civil Municipal. Os locais são informados pelo número 199", detalhou o Centro de Operações.
Rajadas de vento de mais de 100 km/h foram registradas. Na estação Forte de Copacabana, a medição mostrou ventos a 110,1 km/h. Em diversos pontos da cidade, se acumulam ocorrências de quedas de árvore. Conforme o Centro de Operações, das 18h às 22h30 as áreas com chuva mais volumosa foram a Rocinha, na zona sul, com 132,2 mm, o Vidigal, na mesma região, com 127,6 mm, e a região do Itanhangá, na Barra da Tijuca (zona oeste), com 122,8 mm.
Por volta das 22h45 a estrada Grajaú-Jacarepaguá foi interditada no sentido Grajaú (zona norte), a partir da subida pela Freguesia (zona oeste), devido à queda de uma árvore. Também por volta dessa hora, faltava luz em vários trechos da cidade, como em parte do bairro do Grajaú, na zona norte. Cerca de uma hora antes, o serviço de ônibus do BRT Transoeste foi interrompido por conta de alagamentos e da queda de uma árvore, que atingiu a pista na altura da estação Santa Veridiana.
Fonte: Estadão