11.2.19

O AMÉRICA FC, A VALE E O NINHO DO URUBU

WILSON DE CARVALHO -


1. O estádio do América, por muito menos, foi e continua interditado, ao contrário do container do Ninho do Urubu. Por quê? Privilégio de clube chamado grande e poderoso? Não teria sido o mesmo caso da Vale do Rio Doce, em relação às tragédias de Mariana, sem punição alguma, há três anos, e Brumadinho, com providências, sim, mas por força da repercussão internacional? Mostrei essa triste realidade em postagens nas redes sociais, NENHUMA NOVIDADE. Acompanhem abaixo todos os pormenores.

2. Esta situação, e não estou querendo inocentar o América, só reforça o artigo que publiquei ontem, NENHUMA NOVIDADE, resumindo a zorra total a que incompetentes, ou ladrões e corruptos, transformaram o nosso país. O Estádio Giulitte Coutinho, moderno, semelhante aos europeus de menor capacidade, 16 mil pessoas, onde o Fluminense jogou com sucesso, até clássicos contra clubes de outros Estados, não pôde ser utilizado durante a absurda Seletiva que tirou o América do Estadual em disputa, mesmo tendo sido campeão da Segunda Divisão.

3. O América foi obrigado a jogar em Magé, com perda do mando de campo. Por quê? Simplesmente por não ter atendido exigência de disponibilização de locais adequados a idosos e cadeirantes, os quais eram, na pior das hipóteses, conduzidos ao setor social durante os jogos. Todo de concreto e sem improvisações como o irregular container do Ninho do Urubu, o estádio do América dava segurança. E com espaço sobrando. O que não acontecia com o alojamento, pasmem, para 26 atletas, com apenas uma porta de entrada e saída.

4. E pasmem, também, mesmo com determinação da Prefeitura do Rio, multas e tudo mais, não foi interditado. Em Édson Passos, sim, a Prefeitura de Mesquita agiu com correção, fazendo valer a lei. A Diretoria do América alegava não dispor de dinheiro para realizar a obra. Poder maior de clube chamado grande? Ainda mais tratando-se da “Nação Rubro-negra”?... Acreditamos que sim, pois a Prefeitura do Rio não fez cumprir a lei, colaborando para a tragédia. Não é mais um exemplo de um Brasil que terá de mudar, custe o que custar?