EMANUEL CANCELLA -
Generais na campanha do Petróleo! (2).
É alarmante o número de militares que estão assumindo postos dentro das estatais e dos serviços públicos. Militares já se espalham por 21 áreas do governo Bolsonaro, de banco estatal à Educação (1).
Foi assim na ditadura militar!
Eu trabalhava na sede da Petrobrás, no Rio, em 1976, e o número de militares era gritante. Em 1964, a principal função dos militares era a de policial: “para tomar conta dos comunistas”. E hoje qual papel cumprem os militares nos serviços públicos e nas estatais?
Uma coisa preocupante é que, pelo menos, os militares da ditadura eram nacionalistas, e hoje eles corroboram com este governo que entrega a Embraer, a Eletrobrás e a Petrobrás.
Eu era sindicalista na época e não tive problemas com os militares, muito pelo contrário, fiz vários amigos. Mas essa prática não é patriótica, pois os militares estão ocupando lugares de brasileiros desempregados.
E não venham nos dizer que são especialistas, pois todos sabemos que são apadrinhados. E ganham dobrado, com o Brasil cheio de desempregados.
Caso estejam precisando de gente para trabalhar, que abram concurso público. Muitos engenheiros brasileiros, por exemplo, estão desempregados, dirigindo Uber.
Na Constituição Federal, no artigo 142, é bem claro o papel das forças armadas: “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
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