De eleito pelo povo, passa a indicado pelo presidente
corrupto usurpador. E em fim de mandato. Só que o fato não é inédito, embora tenha
ocorrido em massa, com a concordância dos governadores eleitos. Em 1937, o
ditador Getúlio Vargas transformou 18 governadores em interventores. 2 não
aceitaram, o outro disse que iria conversar com o presidente, que já era
ditador.
Em janeiro de 1937, Vargas chamou o deputado de primeiro mandato,
Negrão de Lima, para exercer a missão, que ficaria conhecida, como
"Correio do Czar". Objetivo: convidar os 21 governadores a apoiarem o
"Estado Novo" como interventores. Negrão aceitou logo, 18 governadores
concordaram antes de Negrão começar falar.
Os outros três: Lima Cavalcanti, governador de Pernambuco
- Assim que Negrão falou "no regime de exceção para salvar o país",
foi interrompido O governador pediu para ele se retirar, explicou, “Para salvar
o país, só a democracia". Saiu da sala, de passagem, pediu a um
continuo que levasse o visitante até á porta.
No dia seguinte viajou para a Europa. Nem passou o cargo
ao vice, pra quê perder tempo, ia haver um interventor. Só voltou ao
Brasil em 1945, quando o ditador deixou o poder.
Flores da Cunha, governador do Rio Grande do Sul. Apesar
de grande amigo de Vargas, recusou a proposta. Pressionado por Vargas, que
jogou contra ele os "provisórios",(tropa estadual), se exilou no
Uruguai. E ainda foi condenado a 3 anos e meio de prisão, processado pelo ditador.
Voltou á política em 1945 se elegendo deputado federal.
Juracy Magalhães, governador da Bahia. Em silencio, ouviu
tudo que Negrão tinha a falar. Pediu apenas: "Diga ao presidente, que não
sou problema, irei conversar com ele, pessoalmente". Foi, disse: "Não
quero ser governador ou interventor, quero ser seu amigo e ajudá-lo".
Vargas adorava submissão e subserviência, Juracy fez assombrosa carreira civil
e militar.
PS- Negrão foi nomeado embaixador no Paraguai.
E depois, emergencialmente em Portugal.
PS2- Terminou a carreira eleito governador da Guanabara,
apoiado por uma estranha coligação: o general Golbery, o PC do B e montanhas de
dinheiro que Negrão nunca teve.
OS "MILAGRES" DE JOÃO DE DEUS
Nessa época de abuso sexual dominando o mundo inteiro,
envolvendo personalidades as mais variadas e jamais imaginadas de praticar
crimes nojentos e covardes como esse, uma cidade pequena de Goiás, entra no mapa.
E ganha repercussão, por enquanto nacional. Só que não demora e atravessa
fronteiras, sua reputação fica pelo chão Como já está.
Trata-se de um médium, João, que adotou como sobrenome a
palavra DEUS, para reforçar a confiança dos crentes, perdão dos clientes, que mantém
sua vida nada respeitosa. (Contribuindo com uma espécie de dizimo, que pelo
menos 17 facções das igrejas lideradas pela Universal, exigem abertamente como
doação, justificando: "Precisamos disso, para SALVAR vocês, isso custa
caro").
E nas entradas de todas essas igrejas, bem á vista, a
maquininha para quem quiser fazer a doação com cartão de crédito. João de Deus,
age em duas frentes. A financeira, para financiar sua vida cara, vem
gente de longe, atraída pela promoção dos MILAGRES, jamais confirmados. Mas a
esperança permanece, mantida a qualquer custo ou preço.
E existe o prazer pessoal e sexual, confirmado e
contaminado, ao contrário dos MILAGRES. Já aparecem dezenas de mulheres
violentadas, que só agora concretizam as denuncias. As acusações já tem mais de
20 anos, sem que alguma coisa aconteça a esse médium depravado. João de Deus
devia ter sua atividade, (as duas) pelo menos suspensa.
PS- A policia informa que ha tempos acompanha a vida de
João de Deus.
PS2- MP anuncia que investigará todas as denuncia.
MORO, SERVO, SUBMISSO, SUBSERVIENTE
Está sempre em publico, é o único ministro que
anuncia pela TV, secretario por secretario. Anteontem, jornalistas
perguntaram: "Essa questão que envolve nomeações de assessores do filho de
Bolsonaro, e do próprio presidente eleito, depois de primeiro de janeiro, como ministro
da Justiça, investigará a questão?".
Resposta rápida do quase ministro de duas pastas:
"Não será necessário, o presidente eleito já esclareceu tudo". Não é
essa a impressão e a convicção da opinião publica.
Hoje, terça, na pauta do CNJ, investigação sobre a
ligação de Moro-Bolsonaro. Na campanha. E depois, a nomeação - indicação para 2
ministérios, com ares de recompensa. E o abandono da magistratura.
PS- A maioria é a favor de punição.
PS2 - A pressão total sobre Toffoli, presidente do CNJ,
pelo arquivamento. Mesmo em minoria.



