5.11.18

WITZEL ANUNCIA BANHO DE SANGUE, ENQUANTO GRANDES CIDADES NO MUNDO OPTAM PELA INTELIGÊNCIA

REDAÇÃO -


O governador eleito do Rio Wilson Witzel (PSC) tem anunciado ações e discurso voltados para mais violência do Estado, surfando na linha do populismo de direita. A realidade de grandes cidades do mundo, no entanto, vai na contramão da militarização policial. Com baixos índices de violência, Londres e Tóquio, por exemplo, apostam em táticas de neutralização com uso cauteloso de armas. Nessas cidades, um policial só pode atirar quando acredita que há crível e iminente ameaça à vida.

A reportagem do jornal O Globo destaca que "na capital britânica, assim como em todo o Reino Unido, o porte de armas é vetado à população, com exceção de cidadãos que cumpram longa burocracia (entrevistas e até visitas a moradia) para demonstrar que têm bons motivos para pleitear armamento. Armas curtas são proibidas, mas espingardas e rifles podem ser autorizados. Como há poucos homicídios e crimes em geral, nem todos os policiais portam armas".

E acrescenta: "o sistema foi moldado para impor todas as barreiras possíveis à venda de armas, sendo necessário ao indivíduo comprovar a autoridades que não representa uma ameaça à segurança por meio de uma série de verificações - incluindo entrevistas, verificações de antecedentes criminais e uma visita à propriedade da pessoa. Como o índice de homicídios e outros crimes é baixo em geral, nem todos os policiais portam armas, como os agentes que fazem patrulhas de rotina nas ruas"

Bolsonaro

Jair Bolsonaro retuitou mensagem com a qual indica apoio à política de massacre anunciada pelo governador eleito do Rio, Wilson Witzel, que pretende contratar atiradores com autorização para atirar sem aviso e de longa distância em pessoas portando fuzis; juristas e até o ministro da Segurança de Temer dizem que medida é ilegal; relatório da Defensoria Pública do Rio diz que há uma sequência de crimes cometidos pelos militares desde o início da intervenção no Estado, de roubos a estupros de meninas. (via Rio247)