REDAÇÃO -
Reportagem de Marina Dias na Folha de S.Paulo informa que um dos principais auxiliares de Jair Bolsonaro (PSL), o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), começou a desagradar a aliados do núcleo do novo governo. Integrantes do DEM e do PSL reclamam da falta de interlocução com Onyx e avaliam que seu perfil pouco conciliador pode prejudicar ainda mais a articulação política com o Congresso.
De acordo com a publicação, como mostrou a Folha, Bolsonaro tenta desobstruir seu canal com os parlamentares e escalou o novo chefe da Casa Civil para conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O capitão reformado havia desmarcado encontro com Maia e com o chefe do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), sinalizando aos caciques políticos que a relação com o Legislativo não era prioridade da transição. Aliados do presidente eleito, porém, dizem que o desconforto mudou de patamar e alcançou deputados e senadores do PSL e do próprio partido de Onyx, o DEM.
O principal argumento é que o novo chefe da Casa Civil não atende ligações e não tem trabalhado para melhorar seu trânsito no Congresso. Segundo parlamentares, é mais fácil falar com Bolsonaro do que marcar alguma audiência ou resolver demandas com Onyx. A relação do deputado gaúcho com líderes da Câmara nunca foi boa, mas piorou bastante depois que ele foi relator do pacote anticorrupção e não cumpriu acordos com diversos colegas, completa a Folha.
***
FORMULADOR DE PROPOSTAS DE JAIR BOLSONARO, GENERAL DEVE FICAR FORA DO GOVERNO ELEITO
Reportagem de Vinicius Sassine no Globo informa que um dos generais da reserva do Exército mais atuantes na elaboração de propostas para a campanha de Jair Bolsonaro , e também um dos principais nomes do grupo de transição, deverá ficar fora do governo. O nome do general Oswaldo Ferreira era dado como certo à frente do Ministério da Infraestrutura, estrutura a ser criada, ou à frente de um ministério ou uma secretaria dentro do Palácio do Planalto com influência direta sobre os Ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia. Nesta quarta-feira, depois de quase duas semanas oficiais de transição, está praticamente acertado que Ferreira não estará à frente nem de uma pasta nem de outra.
De acordo com a publicação, a interlocutores, o general tem dito que não tem projeto de vida de ser ministro e que vai optar pela aposentadoria — ele já está na reserva do Exército. Ferreira negou a ideia de comandar o Ministério da Infraestrutura e não ouviu de Bolsonaro qualquer proposta de ser colocado dentro do Palácio do Planalto para guiar os trabalhos dos Ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia.
Ao longo do dia, em seus últimos compromissos de sua segunda viagem a Brasília após ser eleito presidente da República, Bolsonaro manifestou a autoridades com quem esteve reunido que havia ouvido um “não” de Ferreira. Segundo o presidente disse a esses interlocutores, o general teria recusado convite para comandar o Ministério da Infraestrutura. Agora, Bolsonaro procura outro general para o posto, completa o Jornal O Globo. (fonte: DCM)