REDAÇÃO -
A Folha de S.Paulo informa que entrou com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça-feira (23) solicitando à Polícia Federal que instaure inquérito para apurar ameaças contra uma jornalista e um diretor da empresa. Os ataques começaram após a publicação da reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”, na quinta-feira (18).
Capa da Folha com reportagem sobre disparos ilegais do WhatsApp com campanha de Bolsonaro. Foto: Reprodução |
De acordo com a publicação, o jornal considera haver indícios de uma ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa. A autora da reportagem, Patrícia Campos Mello, recebeu centenas de mensagens nas redes sociais das quais participa e por e-mail. O WhatsApp de Patrícia foi hackeado. Na invasão, parte de suas mensagens mais recentes foi apagada e seu aparelho enviou mensagens pró-Bolsonaro para alguns dos contatos da agenda telefônica da profissional.
Ela recebeu duas ligações telefônicas de número desconhecido nas quais uma voz masculina a ameaçou. Patrícia Campos Mello permanece na apuração do caso. O diretor-executivo do Datafolha, Mauro Paulino, também foi alvo de ameaças, no seu Messenger e em sua casa. Dois outros jornalistas da Folha que colaboraram com a reportagem, Wálter Nunes e Joana Cunha, também foram alvo de um meme falso. A mensagem simula uma conversa fantasiosa em que José Sergio Gabrielli, coordenador da campanha petista, teria encomendado a reportagem aos jornalistas, completa a Folha. (via DCM)
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NA CÂMARA, EDUARDO BOLSONARO AMEAÇA STF E FALA EM “RUPTURA”: “A GENTE NÃO VAI SE DOBRAR”
No dia 12 de julho de 2018, numa comissão da Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) desafiou o STF.
“Com esse STF, eu acredito que caso o próximo presidente venha a tomar medidas e a aprovar projetos que sejam contrários ao gosto deste Supremo Tribunal Federal, eles vão declarar inconstitucional (sic). E aqui a gente não vai se dobrar a eles não”, falou.
“Eu quero ver é alguém reclamar, quando tiver um momento de ruptura, mais doloroso do que colocar dez ministros a mais na Suprema Corte, se esse momento chegar, eu quero ver quem é que vai pra rua fazer manifestação pelo STF, quem é vai pra rua dizer, ‘Ministro X, volta ministro X, estamos com saudades’”, concluiu.
O “garoto” puxou o papai.