Pra mim nenhuma surpresa, revelei a trama aqui mesmo e no
meu blog. Contei minuciosamente os 3 encontros Bolsonaro-Moro, para consolidação
da conspiração judicial contra o ex-presidente. Essa aliança era indispensável.
Bolsonaro o beneficiado. Moro, o juiz indispensável. Nas duas primeiras
conversas, duas recusas. Alegação: "Não tenho provas, apenas ilação e
convicção".
Na terceira, fez como o coronel Passarinho no AI-5,
aceitou tudo, já garantida a nomeação para a primeira vaga no STF. Com o
próprio Bolsonaro colocando as coisas de forma clara e consolidada: "Eu
serei o presidente fiador do compromisso, e quem assinará a tua
nomeação".
Ninguém falou em ministro da Justiça, como aventou ontem,
o presidente eleito. Deixou duvidas sobre o ministério da Justiça. Mas garantiu
a sedutora vaga para o STF. Gilmar Mendes declarou publicamente, "se Bolsonaro
for presidente, me aposento e vou morar em Portugal".
Se Gilmar cumprir a palavra, Moro estará rapidamente no
STF. De outra forma terá que esperar a primeira vaga. Provavelmente pouco antes
de 3 anos, quando o decano Celso de Mello, completar 75 anos.
Bolsonaro falou 16 minutos ao JN. Gostaram tanto, que
repetiram integralmente no Jornal das 10. Alem das ameaças não veladas, só citou
um nome: Sergio Moro. Surpreendente e inesperado. Reviveu a conspiração
judiciária contra Lula, que revelei num furo espetacular.
PS- E depois, diariamente durante toda a campanha,
martelei sobre o assunto.
PS2- Não defendendo Lula e o PT, e sim integramente a
democracia encurralada.
ENQUANTO BOLSONARO MAL FORMA O GOVERNO, JÁ EXISTEM 3 OU 4
PRESIDENCIÁVEIS para 2022
O primeiro, ostensivo e compenetrado, Ciro Gomes. Veio de
uma simples viagem com uma chegada consagradora. Ele e o irmão, (ex-governador
e agora senador massacrando Eunicio de Oliveira) fizeram uma festa no aeroporto.
Mais ou menos 4 mil pessoas, satisfação geral. Um jornalista comentou com o
próprio Ciro: "Não parece um candidato passado, e sim o candidato
futuro". A concordância veio com o sorriso de satisfação.
Ciro pretende seguir numericamente a trajetória de Lula,
por caminhos diferentes. Lula perdeu 3 vezes seguidas, 1989, 94,98, ganhou em 2002.
Ciro perdeu em 1998 e 2002, com total paciência se afastou 16 anos. Voltou e
perdeu em 2018, volta para 2022 com total entusiasmo.
O segundo candidato, se chama João Doria. Vai repetir a
fuga da prefeitura, também não completará o mandato inteiro de governador.
O terceiro candidato será do PT. Pode ser novamente
Haddad, que perdeu honrosamente. Ou Jaques Wagner. Por ódio a Lula, disseram
que o partido havia acabado. Logicamente precisa rever os erros, numa autocrítica
sincera. Fez maioria na Câmara e no senado, elegeu o maior numero de
governadores.
O quarto candidato, que coloquei na condicional, é o
próprio Bolsonaro. Fez duas declarações publicas, que precisam ser
consideradas, cheguemos ou não cheguemos a 2022.
1- "Não DISPUTAREI a reeleição" Coloquei o
DISPUTAREI em maiúscula, precisa ser interpretada.
2- "Sou contra a reeleição não só para mim, mas para
todos". Ha anos defendo um mandato de 5 anos, sem reeleição. Estou na
companhia de Rui Barbosa, que era intransigentemente contra a reeleição. Um
gigante contrariado pelo pigmeu FHC. Tudo o que estamos vivendo, tem origem na reeleição
comprada por FHC, e paga por empresários ambiciosos.
PS- Concordo que 4 anos pode ser muito tempo para uma
analise ser confirmada.
PS2- Mas os nomes e as intenções estão aí mesmo.
PS3- A grande duvida é se chegaremos a 2022. Aí não
existe calendário confiável.
DIREITO
"Sou contra a reeleição, os presidentes devem
exercer apenas um mandato".
Ha muitos anos, defendo o mandato único de 5 anos. Estou
na companhia de Rui Barbosa, intransigentemente contrario á reeleição.
Contrariado pelo pigmeu FHC.
PS- Concordo que analise com 4 anos de antecedência, pode
ser exagero.
PS2- Mas os nomes e os fatos estão aí.
"BELO" RETRATO BOLSONARICO
A diretora de uma escola estadual do subúrbio, (não quero
localizar, o bairro é simpaticíssimo) reuniu os alunos de todas as series, sem
os professores. E teve a audácia de falar para os alunos: "Tomem nota dos professores
que votaram contra o Bolsonaro, e me comuniquem". Revolta geral.
A diretora ainda não foi demitida.