JEFERSON MIOLA -
O casamento do Bolsonaro com Sérgio Moro foi sacramentado.
Ele, Bolsonaro, “O eleito”, convidou Ele, Moro – “O sem-voto” mais atuante na arena política – para integrar seu governo.
Bolsonaro, o déspota, esbanjou: Moro poderá ser tanto ministro da justiça como juiz do STF. Para o nazi é ele, Moro, quem escolhe [sic] o cargo.
E então Ele, o déspota, apenas confirmará a escolha que o Soberano Moro fizer [simples assim].
Moro, afinal, tem de ser recompensado pelos inestimáveis serviços prestados ao avanço fascista.
Sua atuação confirmou o posto de zagueiro-mor do fascismo jurídico.
Moro foi um autêntico kamikaze na defesa dos interesses estratégicos do fascismo; um defensor canino do fascismo.
No dia 4 de março de 2016, Moro praticou haraquiri ao gravar ilegalmente e divulgar criminosamente conversas telefônicas da presidente Dilma com o ex-presidente Lula.
Se Moro cometesse tal crime na pátria à qual serve e se dedica com incrível devoção – os EUA – ele seria exonerado do cargo, processado e condenado à prisão perpétua. Em determinados estados norte-americanos, ele poderia ser condenado à morte, por traição.
Em 8 de julho de 2018, o reincidente Moro agiu ilegalmente, e interferiu na decisão do desembargador Favreto, do TRF4, e orientou a polícia federal a descumprir decisão judicial e prevaricar.
Moro, definitivamente, é um cara fora-da-lei e que abusa da impunidade. Ele, porém, não fez isso em vão.
Bolsonaro, mais que todo mundo, sabe o quanto Moro foi importante para que ele pudesse chegar aonde chegou.
Um carguinho para Moro no STF, portanto, é um preço muito baixo a pagar.
Moro, cujo preço a ser pago é baixo, ou seja, é o cargo, já mandou recado ao Bolsonaro: prefere ser indicado para o STF.
É o que seu espelho escolhe.