EMANUEL CANCELLA -
Em defesa do pré-sal, da liberdade de imprensa, de nossas universidades!
Bolsonaro, presidente eleito, que ainda nem foi empossado e Michel Temer tem pressa: dois dias depois das eleições, querem entregar nosso pré-sal a toque de caixa.
O pré-sal é nosso passaporte para o futuro, cujo os royalties, pela lei de Partilha (12.351/10), são designados 75% para educação e 25% para a saúde. Isso, ocorrendo fará uma revolução em nossa educação e saúde (1).
Bolsonaro e Temer fazem o jogo das multinacionais de petróleo, contrariando o interesse nacional.
Por outro lado, por mais que a sociedade tenha diferenças com nossa mídia, principalmente com a Folha de São Paulo e a Globo – e as diferenças não são poucas – nós não ficaremos calados com nenhuma ameaça ou ato de truculência ou violência que estão sendo anunciados de forma explícita, contra essas empresas de comunicação.
Bolsonaro se comprometeu com a lei de controle social da mídia, mirando na Globo, provavelmente para prejudicá-la e para favorecer a Record do Bispo Macedo, que foi seu cabo eleitoral.
Grande parte da sociedade quer sim uma lei de controle da mídia, porém uma lei que submeta toda a mídia ao controle social, sem privilegiar ninguém.
As concessões de comunicações (de rádio, TV, etc.) são públicas, por isso, têm que ter o controle social, como ocorre na maioria em países desenvolvidos, e a publicidade governamental é proveniente do dinheiro público, sendo assim, não pode privilegiar, por exemplo, a Record e prejudicar a Globo (2).
Bolsonaro ataca a Folha de São Paulo porque essa denunciou seu esquema criminoso de cerca de R$ 12 milhões de Caixa Dois no WhatsApp, turbinando a fake news. A jornalista da Folha, Patrícia Campos Mello, que denunciou o esquema criminoso, chegou a ser ameaçada (3,7).
Bolsonaro retalia a Folha em relação à denúncia dos fake news: “Esse jornal se acabou”, diz Bolsonaro no Jornal Nacional (6). A sociedade agradece à Folha, que teve a coragem de denunciar a mutreta de Bolsonaro nas eleições.
Com relação à liberdade de imprensa, acompanhamos a ex-presidente Dilma que ainda no governo, disse: “Prefiro barulho da democracia ao silêncio oprimido da ditadura”.
E hoje, terça (30), chega a triste noticia: “Vídeo ameaçador de Bolsonaro faz fundação cancelar aula em Minas” (5).
O Petróleo é Nosso! Viva a liberdade de imprensa e a liberdade em nossas universidades!
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