DANIEL MAZOLA -
O cantor Beto Guedes, um dos maiores ícones da
música brasileira e também aclamado fora do Brasil, esteve ontem (19) no Teatro
Rival Petrobras, palco tão emblemático quanto ele, para brindar o público
com os grandes sucessos de sua próspera carreira.
Beto Guedes e sua afinadíssima banda, composta pelos músicos Arthur Rezende (bateria), Adriano Campagnani (baixo), Ian Guedes (guitarra) e Will Motta (Teclados). Fotos: TIS |
Nascido em Montes Claros, cidade ao norte de Minas
Gerais, filho do compositor seresteiro Godofredo Guedes, Beto é
um músico nato. Com participação importantíssima no Clube da
Esquina, Movimento Cultural que balançou o Brasil nos anos 60,
originalmente criado em Belo Horizonte por Milton Nascimento, tinha como
objetivo claro a troca de informações musicais e experiências, além de
muitas composições e participações em discos um dos outros.
Beto Guedes levou para o Teatro Rival seus grandes sucessos como “Sol de Primavera”, “O Sal da Terra”,
“Feira Moderna”, “Amor de Índio”, “Lumiar”, consideradas clássicos inesquecíveis,
foi um show verdadeiramente emocionante. O artista contagiou o
público, que lotou a casa, ao celebrar temas como a paz, a natureza, o amor, compartilhou o palco com sua banda, composta pelos
músicos Arthur Rezende (bateria), Adriano Campagnani (baixo), Ian Guedes (guitarra) e Will Motta
(Teclados).
Em 1974, juntamente com Toninho Horta, Danilo
Caymmi e o pernambucano Novelli, Beto gravou um disco em que cada um
trouxe duas de suas canções. Beto gravou “Caso Você
Queira Saber” (Beto Guedes e Márcio Borges) e “Belo Horror”
(Beto Guedes, Flávio Venturini, Vermelho e Márcio Borges), faixa essa que
trazia forte sotaque progressivo que dominava a época. Em
1975, Milton Nascimento durante a gravação do seu 7º disco de estúdio, “Minas”,
chamou Beto Guedes pra dividir com ele a faixa “Fé Cega”, “Faca Amolada”, onde
a voz aguda de Beto brilha num lindo dueto com o genial Milton Nascimento.
Beto Guedes (dir.), a jornalista Iluska Lopes e uma das inúmeras fãs do artista |
“Beto, o homem dos mil instrumentos, da voz emocionada e
de melodias ricas de som e ritmo. Esse é um cara em quem aposto e acredito
desde que conheci. Faz parte de uma turma radicada em Minas, que canta como
vive: trocando ideias, participando uns dos trabalhos dos outros; mas
individualmente, cada um com seu próprio segredo. Cada novo trabalho traz
surpresas e sempre me deixa emocionado. Aliás, também a todas as pessoas que
sabem ouvir (o que também é um Dom). Tô com ele e não abro. Menos na arte de
pilotar um Ultraleve juntos, porque eu posso ser doido, mas não tanto. Força
Beto. Sai da toca e mostra pro mundo. Todos nós precisamos. Beijos – Compadre
Nascima”, disse recentemente o parceiro e amigo Milton Nascimento.
Em 1977, credenciado para o primeiro disco solo ‘A Página do Relâmpago Elétrico’, Beto trouxe grandes composições próprias dentre elas o sucesso "Lumiar" em parceria com Ronaldo Bastos, autor também de “Amor de Índio” que intitulou seu segundo disco e é trilha sonora para muitos amores que ainda existem dentro de cada um. Beto Guedes mostrou mais uma vez no Teatro Rival que é um dos grandes da música brasileira, em tempos tortuosos, com sua música, amor e poesia o artista reafirmou que o sonho é possível para quem acredita e gosta de sonhar!
Em 1977, credenciado para o primeiro disco solo ‘A Página do Relâmpago Elétrico’, Beto trouxe grandes composições próprias dentre elas o sucesso "Lumiar" em parceria com Ronaldo Bastos, autor também de “Amor de Índio” que intitulou seu segundo disco e é trilha sonora para muitos amores que ainda existem dentro de cada um. Beto Guedes mostrou mais uma vez no Teatro Rival que é um dos grandes da música brasileira, em tempos tortuosos, com sua música, amor e poesia o artista reafirmou que o sonho é possível para quem acredita e gosta de sonhar!