A coordenação da Chapa Villa-Lobos, Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), retoma sua marcha interrompida arbitrariamente
pela atual diretoria, antes do pleito 2016-2019, que objetivava restaurar entre
os Confrades à condição de trincheira da liberdade de expressão e dos direitos
humanos.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que outrora se destacou dentro e fora do País em função de posições nacionalistas como, por exemplo, na defesa da Petrobrás com:“O Petróleo é Nosso”, assim como pela defesa da liberdade de expressão dos jornalistas - boas lutas encampadas pelos presidentes Barbosa Lima Sobrinho e Maurício Azêdo -, retrocedeu nas gestões do Sr. Domingos Meirelles, aos tempos de Celso Kelly (1964-1966), o primeiro presidente da ABI a apoiar um golpe de Estado.
A verdadeira face do Sr. Domingos Meirelles começou a ser revelada quando ele entrou com um processo repleto de argúcias, contra a pessoa que mais lhe deu a mão em sua carreira profissional: o Jornalista Maurício Azêdo que, com os olhos marejados, semanas antes da sua morte, revelou ao autor deste artigo, a tristeza por ter sido traído logo por quem mais ajudou. Com a morte do Presidente da ABI, Maurício Azêdo, o cargo ficou vago e em uma Assembléia conturbada, o Confrade Fichel David, foi ungido para conduzir a Casa dos Jornalistas - até as eleições seguintes -, mas, no entanto, Fichel David resolveu transferir a presidência da ABI, para o Sr. Domingos Meirelles, antes do acordado.
A decisão de Fichel David gerou discórdia, já que a Chapa Vladimir Herzog havia perdido nas eleições para a Chapa Prudente de Morais que tinha os jornalistas Maurício Azêdo, na cabeça e como vice, Tarcisio Holanda, da qual David Fichel também fazia parte como Diretor de Sede. Discórdia que mantém a maioria dos associados divididos, já que o Sr. Domingos Meirelles, ocupou a ABI como se fosse o dono da Casa. Tendo como uma das primeiras medidas, tirado o “Jornal da ABI,” impresso, de circulação.
Outra medida estranha tomada pelo Sr. Domingos Meirelles, foi a de limitar o envio das lâminas pelo Correio, para aos Associados que não apoiaram sua indicação fazerem o pagamento das mensalidades. O fato tem criado enormes dificuldades, já que a maioria tem idade e ou dificuldade para se deslocar até a secretaria da ABI, no Centro do Rio, para quitar os débitos.
O quadro se agravou quando a Chapa Villa-Lobos foi impedida arbitrariamente de concorrer à diretoria, no pleito 2016-2019. A manobra foi justificada com a seguinte mentira postada no site da ABI: “(...) a Chapa Maestro Villa-Lobos desistiu de participar do pleito (...),” questão que começa a ser esclarecida na justiça, graças a decisão unânime de cinco Desembargadores. Nessa ação cumpre ressaltar, foi juntada “declaração” do então Presidente da Comissão Eleitoral, Carlos Newton, que diante dos citados descasos preferiu se afastar da ABI, mas relatando o motivo: a Ata da Comissão Eleitoral, pleito de 2016-2019, manuscrita pelo Jornalista Carlos Newton e assinada pelos coordenadores das chapas Villa-Lobos, Barbosa Lima Sobrinho e Vladimir Herzog, aprovou a participação das três chapas, o que foi grosseiramente descumprido pelo Sr. Domingos Meirelles que se recusou a fornecer a listagem dos associados para os concorrentes.
A declaração do Jornalista Carlos Newton, sobre a Ata da Comissão Eleitoral, revela que a mesma foi ocultada pela diretoria do Sr. Domingos Meirelles. É uma das provas cabais de que a gestão de 2016-2019 se impôs arbitrariamente, a partir do veto da participação dos membros da Chapa Villa-Lobos, encabeçados pelo Jornalista José Louzeiro (1932-2017) e das sabotagens contra os membros da Chapa Barbosa Lima Sobrinho com os quais começamos a tecer entendimentos através do Jornalista Daniel Mazola e do Jornalista e Advogado Ralph Lichotti.
O uso da chancela da ABI por parte do Sr. Domingos Meirelles para apoiar as manipulações dos meios de Comunicação organizados em consórcio que promoveram o impeachment, sem mérito, da Presidenta Dilma Rousseff, eternizará sua imagem ao lado de Celso Kelly como “vendilhão da pátria” que, em troca do emprego de diretor-geral do Departamento Nacional de Ensino do Ministério da Educação da ditadura empresarial/militar deflagrada em 1º de abril de 1964, deixou os colegas que se colocaram contra o regime na bacia das almas como, por exemplo, quando se negou a redigir uma carta que comprovasse que o Jornalista Carlos Heitor Cony, era Jornalista Associado da ABI, o que poderia ter evitado sua prisão.
Este é o segundo artigo da série A ABI NÃO PODE SER USADA PARA CALAR QUEM LUTA PELA SOBERANIA NACIONAL que tem por objetivo ajudar a esclarecer o “modus operandi” que vem desviando a ABI de seus objetivos precípuos, num momento tão importante da História.
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*André Moreau, é
Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos
"D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa
de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador
da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de Imprensa, jornalabi.blogspot.com -
arbitrariamente impedida de concorrer à direção da ABI nas eleições de
2016/2019.