REDAÇÃO -
Oscar Niemeyer dizia que a vida é assim, cada um vem, dá o seu recado e vai embora. Waldir Pires está no time dos que entram para a história do nosso tempo como um ícone da ética, dos princípios civilizatórios mais elevados, algo tão escasso nos nossos dias, com o tempero de uma imensa cordialidade pessoal (extensiva aos adversários).
Waldir tinha 91 anos de idade e 70 de vida pública, 40 dos quais o jornalista Emiliano José, que semana passada lançou o primeiro volume da biografia dele, compartilhou, diz que a firmeza na defesa dos princípios democráticos, da igualdade social, de gênero e raça o tornava uma pessoa especial:
– Ele nunca descansou. Vai descansar agora.
Último ato — Waldir, que até o ano passado ia na Lavagem do Bonfim sempre parando para tirar fotos, antigamente, e selfies, mais recentemente, fez sua última aparição pública quinta-feira passada, no Palácio Rio Branco, justamente no lançamento do primeiro volume do livro Waldir Pires, de Emiliano José.
A casa estava lotada. Cantaram os jingles de campanha dele, bateram palmas, a emoção dominou o ambiente. A jornalista Isabel Santos ouviu ele balbuciar, bem audível:
– Eu amo vocês todos.
Lá de Paramirim, um município seco, o prefeito Gilberto Brito (PSB) acena:
– Lá se foi um homem de bem. Foi ele quem começou a botar água encanada no sertão de Paramirim. (informações de Levi Vasconcelos - via A Tarde)
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Reflexão:
Graça e Desgraça no País do Engole Povo