REDAÇÃO -
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Jonas Lopes Júnior, a sete anos de prisão. De acordo com a sentença, o ex-presidente cumprirá um ano e meio de prisão domiciliar em um imóvel rural na cidade de Além Paraíba, em Minas Gerais. Em seguida, cumprirá dois anos e meio de serviços à comunidade por 15 horas semanais e outros três anos de regime aberto, com comprovação de atividades.
A sentença está em linha com o que foi acordado na delação premiada de Lopes e de seu filho, Jonas Lopes Neto. Além da pena de prisão, Lopes e o filho terão que devolver à Justiça R$ 13,3 milhões. O filho do ex-presidente do TCE-RJ também terá que prestar serviços à comunidade por três anos.
QUINTO DE OURO – A delação de Lopes foi determinante para a operação O Quinto de Ouro, que levou à prisão cinco dos sete conselheiros do TCE-RJ. Soltos por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), eles continuam afastados de suas funções.
Além disso, o ex-presidente do TCE-RJ implicou outros nomes importantes da política fluminense, como o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani. Segundo ele, uma mesada dos empresários de ônibus para os conselheiros do TCE-RJ foi acertada na casa de Picciani. Ele teria sido chamado para o encontro depois que o TCE detectou R$ 90 milhões em créditos expirados do Bilhete Único.
A decisão de Bretas foi comunicada na noite de sexta-feira, 22. Lopes foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa. (via Estadão)
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Marcelo Odebrecht diz que sua família não foi culpada, mas, sim, lesada
Num e-mail, Marcelo Odebrecht definiu como “discurso leviano e diversionista” uma entrevista de Olga Pontes, diretora de compliance da empreiteira. Ela afirmou recentemente ao site Jota que é preciso “baixar a cabeça e dizer que pecamos”. A mensagem foi encaminhada para o diretor-presidente do grupo, Luciano Guidolin, e para Sergio Foguel, membro do conselho da companhia, no mês passado.
Marcelo Odebrecht diz no texto que sua família “não foi culpada, e, sim, foi lesada” pelas práticas da empresa.
PARA TODOS - Segundo ele, é errado dizer que as orientações e a responsabilidade pelas práticas do passado cabem exclusivamente à família.
“A maioria dos conselheiros da Odebrecht S.A. eram não apenas acionistas sem vínculos com a família Odebrecht, como eram ex-executivos da organização”. Esses mesmos membros, segue Marcelo, “implantaram ou evoluíram estas práticas”. (informações Mônica Bergamo - via Folha)