ROGER MCNAUGHT -
Após inúmeras queixas (algumas publicadas anteriormente por
aqui), estudantes e professores do CIEP Mario Tamborindeguy se dirigiram na
manhã de ontem, 1º de março, à sede da secretaria estadual de educação, no
centro do Rio.
Após meses de reclamações sobre conservação, assédio,
ameaças e toda sorte de desmandos por parte da direção – culminando em ataques
diretos às liberdades constitucionais das pessoas – o início de 2018 mostrou
que as coisas poderiam piorar.
Segundo relatos de alguns professores presentes, houve uma
tentativa frustrada de diálogo onde foi proposta uma grade de horários que
otimizaria o funcionamento da escola com perda mínima no quadro de professores
e evitaria que os alunos ficassem sem aulas de diversas disciplinas.
“Anti-otimização”
Após a entrega da proposta, a mesma foi prontamente
rejeitada e substituída por outra grade que, segundo professores, provocou um
rombo no quadro de professores e deixou os estudantes sem aulas de diversas
disciplinas, enquanto há recursos suficientes para esconder câmeras dentro da
sala de professores – não há notícia ainda de câmeras em outros locais, mas há
suspeitas.
O horário “otimizado” proposto pelos professores aloca a
maioria dos professores com carga horária de 16 horas em dois dias por semana,
possibilitando uma maior abrangência de turmas e deixando espaço para que os
mesmos possam cumprir com sua segunda matrícula em outra unidade.
Já o horário “anti-otimizado” espalha essas 16 horas de
forma a impossibilitar que o professor consiga uma maior abrangência e
conflitando com outras matrículas, deixando muitas turmas sem professores e por
consequência com horários vagos.
Durante o fechamento desta matéria houve notícia de outra
mobilização dos estudantes que pode ocorrer em breve.