REDAÇÃO -
A bancada do PT na Câmara dos Deputados protocolou na noite desta terça-feira representação para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, investigue as denúncias apresentadas pelo advogado Rodrigo Tacla Durán à CPMI da JBS. A notícia foi publicada na coluna Radar, da Veja.
Na representação, os deputados petistas lembram que Tacla Durán afirmou que houve manipulação no sistema de comunicação, o Drousys, e de contabilidade da Odebrecht, o My Web Day, para proteger delatores e manipular registros de transferências bancárias — o mesmo aconteceu, segundo Tacla Durán, com os registros do Meinl Bank de Antígua, instituição criada e mantida para a Odebrecht pagar propina no exterior.
A representação, assinada por Carlos Zarattini, líder da bancada, Paulo Pimenta e Wadih Damous, aponta como suspeitos os procuradores Roberto Pozzobom, Júlio Noronha e Carlos Fernando dos Santos Lima, responsáveis pela negociação das delações mais estranhas da Lava Jato, como a dos controladores do Meinl Bank de Antígua, que movimentaram pelo menos 1,6 bilhão de dólares em dinheiro sujo, receberam comissão estimada em 326 milhões de reais e pagaram apenas R$ 3,4 milhões em multa, o que é insignificante diante dos valores movimentados.
Os deputados apontam indícios de “crimes de fraude processual, adulteração de documentos, violação de prerrogativas de advogados, planilhas e sistemas de comunicação da empresa Odebrecht, documentos plantados e todas essas condutas praticas no âmbito de acordos de delação firmados”.
A representação também apresenta as fotos da conversa por aplicativo entre Durán e o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo de Sergio Moro. Na conversa registrada, o interlocutor identificado por Durán como Zucolotto tenta vender facilidades em acordo de delação premiada negociado com os procuradores.
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Universidade do RJ demite 1,2 mil professores e vai recontratá-los pela nova lei trabalhista
Da coluna de Lauro Jardim, no O Globo:
A Estácio aderiu à nova legislação trabalhista: está demitindo este mês 1,2 mil professores (de um total de 10 mil). Em janeiro, vai recontratar os 1,2 mil, não mais pela CLT, evidentemente.
Internamente, a Estácio justifica assim o movimento: os professores ganhavam uma remuneração acima do mercado. Vai, agora, reajustá-los.