23.7.17

1- EM CRISE, EIKE PÕE À VENDA LANCHAS E LAMBORGHINI; 2- ENGENHEIROS DA PETROBRAS DENUNCIAM GESTÃO DE PEDRO PARENTE: “CAMINHO PARA PRIVATIZAÇÕES”

REDAÇÃO -


Em prisão domiciliar e com o objetivo de evitar a deterioração de bens bloqueados pela Justiça, o empresário Eike Batista põe à venda carros e embarcações como o Lamborghini Aventador branco que enfeitava a sala de sua casa. O empresário precisará de autorização judicial.

A defesa do fundador do Grupo X anexou aos processos propostas de interessados em diversas embarcações, entre lanchas e jet skis. É o que apontam documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Eike, no entanto, precisará de autorização judicial.

"Além da questão da deterioração, Eike está com os bens bloqueados, impossibilitado de arcar com as despesas deles", afirmou o advogado do empresário, Fernando Martins. 

O dinheiro levantado ficará bloqueado na Justiça. O empresário pode usar parte da verba para o plano de pagamento da fiança de R$ 52 milhões, acertado em maio com o juiz da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Estado.

Em 2014, quando Eike tentou vender pela primeira vez o Lamborghini Aventador modelo 2012 o preço estimado era de R$ 2,5 milhões. Entre as lanchas e jet skis do empresário, ao menos quatro deles já foram avaliados, em um total de R$ 3,6 milhões. Também há uma lancha de pequeno porte batizada de Thorolin, em referência aos filhos do empresário Thor e Olin, e dois jet skis, um de R$ 42 mil e outro de R$ 52 mil.

Lava Jato - Eike é réu por supostas irregularidades à frente de duas empresas do seu grupo - OSX (construção naval) e a petroleira OGX. Segundo as investigações, US$ 16,5 milhões teriam sido pagos pelo empresário Eike Batista em propina no esquema liderado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), que está preso. (via Rio247)

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Engenheiros da Petrobras denunciam gestão de Pedro Parente: “caminho para privatizações”

Do site da AEPET:

A Associação dos Engenheiros da Petrobras, entidade que nasceu praticamente ao mesmo tempo que a empresa, quando se realizava a campanha O Petróleo É Nosso, divulgou uma carta aberta à sociedade para alertar sobre a ação nociva do governo Temer.

“Alertamos à sociedade brasileira para os danos causados à Petrobrás e ao país pela direção da empresa. Transformou lucros em prejuízos com a desvalorização de seus ativos, preparando o caminho para as privatizações e desintegração da companhia; interrompeu uma série histórica de 22 anos de reposição de reservas (aumento de reservas superior à produção); entregou o mercado de combustíveis aos concorrentes, por meio da política de preços, ao possibilitar o aumento das importações em 41% em um ano, onerando as contas do país e operando nossas refinarias a 77% da capacidade, contra 98% em 2013”, escreveu.

A carta, de 32 páginas, analisa ponto a ponto a política da empresa desde que Pedro Parente assumiu a presidência da empresa, depois do golpe que afastou Dilma Rousseff. A íntegra do documento está aqui.