Via FENEPOSPETRO -
A pressão dos sindicalistas nos corredores do Senado ontem (28) não conseguiu demover os parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal a votarem contra a reforma trabalhista. O embate entre o poder econômico e a classe operária ganha força nesta sexta-feira (30) com as manifestações nas ruas do país.
Ignorando o clamor dos trabalhadores e dos movimentos sociais, os senadores aprovaram vergonhosamente, na noite desta quarta-feira (28) o relatório da famigerada reforma trabalhista. Ontem foi um dia intenso para os sindicalistas no Congresso Nacional. O presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, acompanhando de uma comitiva da categoria visitou os gabinetes dos parlamentares, em especial dos senadores que votaram contra os trabalhadores.
No encontro com a senadora Marta Suplicy, o presidente da federação cobrou da parlamentar uma coerência ética com relação ao seu passado político. Marta Suplicy militou por muitos anos no partido dos Trabalhadores (PT) e, hoje, é senadora do PMDB, partido do governo Temer. Eusébio Neto pediu a senadora que não apagasse de forma lamentável o seu passado de luta em defesa da classe operária.
Na peregrinação pelos gabinetes, Eusébio Neto disse aos senadores que diante dos escândalos de corrupção envolvendo vários integrantes do governo, inclusive o presidente da República, votar qualquer alteração nas leis trabalhistas é uma aberração. Segundo Eusébio, o governo, que está na corda bamba, está usando as reformas para se segurar no poder. Ele considera inconcebível que o povo assista a esse circo sem reagir. Eusébio Neto diz que ocupar às ruas é a saída para virar o jogo e evitar que a reforma trabalhista seja aprovada na próxima semana no plenário do Senado. “Temos que mostrar a nossa força amanhã (30) protestando nas ruas e nas praças das cidades exigindo democracia e respeito com os trabalhadores que constroem a riqueza do país”, completa.
O presidente da FENEPOSPETRO afirmou que os frentistas vão aderir as manifestações desta sexta-feira (30) em todo o país e que os sindicatos da categoria estão organizados para lutar contra a retirada de direitos trabalhistas. Eusébio Neto frisou que os frentistas vão resistir e lutarão contra a exploração da mão de obra e o retrocesso social.
A luta é de todos e independe da bandeira de partido ou de movimento sindical. Se a Lei de Terceirização, sancionada em março, já tem a sua constitucionalidade questionada no Supremo Tribunal Federal(STF), isso prova que a reforma trabalhista não tem fundamento para prosseguir no Congresso.
CBO - O presidente da federação encerrou os trabalhos em Brasília, se reunindo com a chefe de Divisão da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), Cláudia Maria Vírgílio de Carvalho. Eusébio Neto buscou informação sobre a classificação de funções nos postos de combustíveis. A CBO é uma publicação brasileira que classifica as diversas atividades dos trabalhadores do País, nos mais diferentes setores de atividade, tanto do setor público como privado.
* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro