9.6.17

1- HERMAN BENJAMIN CONFIRMA VOTO PELA CASSAÇÃO; 2- MINISTRO NAPOLEÃO NUNES, DO TSE, FOI CITADO EM DELAÇÃO DA JBS

REDAÇÃO -


Herman Benjamin, relator do processo da chapa Dilma-Temer no TSE, votou nesta quinta-feira a favor de condenar a coligação por ter cometido abuso de poder político e econômico ao usar recursos oriundos de propina na campanha presidencial de 2014.

Para o relator, a coligação vencedora usufruiu do esquema de arrecadação de recursos ilícitos oriundo de contratos firmados pela Petrobras.

A quarta sessão de julgamento do processo, iniciado na terça-feira, foi interrompida após a suspensão dos trabalhos. Uma nova sessão de julgamento ocorrerá sexta-feira.

Benjamin disse ter ficado “evidente” no processo que essa “gordura” de propina deu uma ampla vantagem na campanha presidencial à chapa Dilma-Temer.

Ele observou, contudo, que essa prática ilegal não foi exclusividade da coligação vencedora.

“Há vasto argumento probatório nos autos em relação a outros partidos, mas eu, como relator e juiz, só posso analisar a coligação vencedora na eleição de 2014. Não se pense, por um segundo sequer, que isso que estou mostrando se tratou de anomalia exclusiva desses partidos”, disse.

“Reconheço a procedência da alegação do abuso de poder político e/ou econômico por conta da propina gordura ou propina poupança da Petrobras”. (via DCM)

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Ministro Napoleão Nunes, do TSE, foi citado em delação da JBS

O ministro Napoleão Nunes foi citado pelo delator Francisco Assis e Silva, executivo da JBS, em sua delação. À Procuradoria-Geral da República, Assis disse que o ex-advogado do frigorífico, Willer Tomaz, preso na operação Patmos, tinha lhe contado sobre uma solicitação de interferência feita a Napoleão por conta de uma decisão contrária a José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, no âmbito da Operação Greenfield. Ainda de acordo com Assis,Willer Tomaz teria dito que o pedido havia sido atendido por Napoleão.

Tomaz, segundo Assis: “Olha, a decisão contra o Zé Carlos estava pronta segunda-feira. Eu consegui reverter. Pedi para o ministro Napoleão interferir. Ele interferiu e vai me dizer alguma coisa nos próximos dias”

Assis: Pera aí, custou quanto?

Tomaz, segundo Assis: ‘Calma, está muito ansioso, depois eu te informo’

O ministro Napoleão Nunes nega. (via Agência Lupa)