30.6.17

1- GOVERNO QUER TIRAR DINHEIRO DA EDUCAÇÃO E DAR PARA PF EMITIR PASSAPORTES; 2- QUESTÕES POLÍTICO-CARNAVALESCAS: O BISPO E OS BICHEIROS

REDAÇÃO -


O governo propôs retirar R$ 102, 3 milhões de dotação orçamentária do Ministério da Educação para normalizar a emissão de passaportes para a Polícia Federal. O projeto, elaborado pelo Ministério do Planejamento, foi enviado ao Congresso nesta quinta-feira. A proposta gerou desconforto na Comissão de Orçamento do Congresso, que pediu a indicação de outra fonte de receita.

De acordo com o projeto, o governo retiraria orçamento destinado à capacitação e formação inicial e continuada para educação básica, de programas de alfabetização de jovens e adultos, de ações de graduação, pesquisa e extensão e de iniciativas de valorização da diversidade e promoção de direitos humanos.

O presidente da comissão, senador Dário Berger (PMDB-SC) pediu ao ministro do Planejamento a indicação de outra fonte. Segundo ele, o governo concordou em trocar a fonte de receita, retirando a dotação de convênios com organismos internacionais.

Relator do projeto, o deputado Fernando Francischini (SD-PR), que é delegado da Polícia Federal, vai continuar em Brasília para apresentar seu parecer nesta sexta-feira. A proposta será votada na Comissão Mista de Orçamento na próxima terça-feira, dia 4 de julho. O projeto precisa ser votado em plenário, mas 21 vetos trancam a pauta do Congresso. Não há ainda sessão do plenário convocada. (…) (via O Globo)

***
O BISPO E OS BICHEIROS
Os contraventores do Carnaval carioca ajudaram a eleger o prefeito Marcelo Crivella. Estão arrependidos.

Quadra do Salgueiro, escolha do samba-enredo de 2017, um dos momentos mais importantes do universo das escolas de samba nos meses que antecedem o desfile. No palco, um diretor pega o microfone e anuncia: “Convoco a família salgueirense a votar Crivella 10 nessas eleições.” É madrugada do dia 12 de outubro de 2016, feriado de Nossa Senhora Aparecida – cuja imagem, vinte e um anos antes, foi chutada em frente às câmeras de televisão por um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Crivella é expoente-mor. Localizada na confluência entre Tijuca e Andaraí, na Zona Norte do Rio, a quadra é uma das mais frequentadas pela classe média de alto poder aquisitivo. A três semanas do segundo turno da eleição para prefeito do Rio de Janeiro, abafados por vaias, ouviam-se gritos de “Freixo”, em alusão ao candidato do PSOL – que estava em segundo lugar nas pesquisas. Constrangido, o diretor tentou amenizar o clima: “As pessoas são livres para votar em quem quiserem.”

Leia a íntegra da matéria no site da revista piauí