Via SINDSPREV-RJ -
Para impedir a “visita” de representantes do Hospital Sírio e Libanês
ao Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), servidores e usuários
participaram de manifestação convocada pelo Sindsprev/RJ, na porta da
unidade, nesta terça-feira (30/5), por volta das 9 horas. O ato foi
também contra a decisão da direção do hospital de fechar a Emergência.
Visitas como esta estão sendo programadas para as demais unidades
federais. Nova manifestação no HFB foi marcada para o próximo dia 5.
O grupo privado foi contratado pelo ministério da Saúde a fim de
elaborar um diagnóstico de toda a rede federal do Rio de Janeiro, com o
objetivo de privatizá-la. O diretor do Sindsprev/RJ, Sidney Castro,
lembrou que a iniciativa já havia sido anunciada pelo ministro Ricardo
Barros em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro, no último
dia 17, na qual criticou o “mal funcionamento” dos hospitais federais,
acrescentando que um “ente privado” seria contratado para gerir a rede.
“Ao fazer isto, o ministro, assume a sua incompetência como gestor,
ele que é engenheiro e nada entende de saúde. O problema dos hospitais é
a não realização de concurso público para a admissão de servidores em
substituição aos que se aposentam, ou falecem, tendo como consequência a
presença insuficiente de pessoal para atender à população e a falta de
investimento em equipamentos e insumos. Privatizar a gestão, não resolve
o problema e abre brechas, como já acontece com as organizações sociais
e fundações no estado e no município do Rio, para as mais variadas
formas de desvio de recursos públicos”, afirmou.
Acrescentou que cabe aos servidores e usuários resistir a esta
negociata. Protestou, ainda, contra o fechamento da emergência. “É mais
uma prova ao mesmo tempo do descaso deste governo para com a vida da
população e uma óbvia tentativa de justificar a privatização do HFB”,
afirmou.
Política de governo
Segundo Luiz Henrique, também diretor do Sindsprev/RJ, a contratação
do Sírio e Libanês como gestor terceirizado faz parte da política do
governo Temer de retirar direitos do trabalhador e privatizar o serviço
público e gratuito prestado à população, para beneficiar grupos
privados. “Um governo mergulhado na lama da corrupção não tem
legitimidade para continuar no poder. Mas eles seguem em frente atacando
a saúde, com esta tentativa de entregar bilhões do setor para as mãos
do Sírio e Libanês”, frisou.
* Informações via e-mail por Secretaria de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em
Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro



