WILSON DE CARVALHO -
O Maracanã vive um dos piores escândalos deste país destruído por esse lixo político. Salvo raríssimas exceções. E pasmem: é a Odebrecht, autora do maior escândalo financeiro da história mundial, já afastada em vários países, quem irá escolher o novo “dono” do estádio. A exemplo do que aconteceu com a SuperVia, na transferência para a própria Odebrecht. O deputado Marcelo Freixo, ex-candidato a prefeito do Rio, protestou e prometeu providências. As concessionárias não cumprem os contratos, administram pessimamente e saem com muito dinheiro. O motivo está sendo provado pela Lava Jato e não dá mais para a sociedade suportar.
Colocando a culpa no Comitê Olímpico Brasileiro, a Odebrecht quis impedir a realização do jogo dos amigos de Zico e vem se recusando a aceitar o pedido dos clubes para a redução dos preços dos ingressos, elitizando o estádio, neste momento, pasmem, praticamente sem gramado, sem TVs do andar térreo, monitores, centenas de cadeiras, que devem ter sido roubadas. Além disso, sem pagar energia à Light, a exemplo que fez na Supervia, mas socorrida de imediato pelo Governador Pezão. Por que a Odebrecht ainda tem a concessão do estádio, da Supervia e do Teleférico do Alemão, que custou quase R$ 60 milhões, parado por tempo indeterminado? ? Revejam os contratos e ela terá de sair por não cumprimento., Me expliquem o que é isso. Não há, neste país, uma autoridade para intervir?
O Campeonato Carioca pode começar sem o Maracanã. E o prefeito Marcello Crivella, o que está esperando? Conclua logo a sua disposição de também voltar o Maracanã para o comando do município, perdido por decisão dos generais da ditadura. O povo mais humilde merece o direito de frequentar o estádio, principalmente por falta de dinheiro para pagar as concessionárias bocas de tubarão pelos altos preços cobrados nos acessos ao Pão de Açúcar, Corcovado, Museu do Amanhã, Maior aquário da América do Sul e, não irá demorar, no Zoológico, privatizado pelo ex-prefeito. O Teatro Municipal também está abandonado. Recentemente, uma peça de ballet foi interrompida por artistas e funcionários, com devolução do dinheiro dos ingressos. O motivo? Protesto contra o não pagamento dos salários e a falta de manutenção, que o tem deixado até escuro em várias dependências, com inúmeras lâmpadas queimadas, peças e tecnologia danificadas pela ação do tempo, etc, etc...
Vamos, prefeito, que já acertou em cheio na municipalização dos restaurantes populares. O Pezão, claro, irá aceitar. E o município terá como fazer a manutenção do estádio, a exemplo de São Paulo, com o Pacaembu e o Teatro Municipal. Se divulgarmos a destruição do antigo Maracanã para a construção do atual, na verdade, um grande ginásio e para Cabral e a Odebrecht ganharem dinheiro. Derrubaram até as marquises sem a menor necessidade, conforme confessou o próprio presidente da empreiteira, culpando a insistência do ex-governador.
Cometeram um verdadeiro crime e apagaram uma prova da história mais linda do futebol com a desfiguração do estádio, que era, inclusive, mais seguro para os torcedores por força do anel superior, também destruído e que fazem parte da maioria dos estádios de todo o mundo, inclusive os mais novos como os de Wembley, Benfica, Grêmio, Palmeiras e Internacional, Atlético Paranaense, mas nestes casos, sem picaretagem.... A Odebrecht, pasmem, não queria sequer deixar um reservado especial para a imprensa. Só depois de multa insistência e pressão por parte da ACERJ, “jogou” os jornalistas para o último degrau da arquibancada, onde se vê os jogadores do tamanho de nossos dedos. É abuso demais, só permitido quando há corrupção e roubo.
Prefeito Crivella, Ministério Público, sei lá quem, tomem uma atitude. Em tempo: não cedam a concessão para os clubes falidos de todo o futebol brasileiro como Flamengo e Fluminense, pois haverá por trás uma empreiteira ou empresa qualquer. E se preparem pois os transportes de trem e metrô seguem no mesmo ritmo. Uma vergonha. Felizmente, neste caso, o Secretário Mac Dowell de Castro, técnico em transportes, promete providências.