REDAÇÃO -
O juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas Luis Carlos Valois, alvo de uma reportagem do Estadão insinuando que ele tem ligações com a facção criminosa Família do Norte, negou as acusações da Polícia Federal no âmbito da operação La Muralla, cuja segunda fase, deflagrada em junho de 2016, passou a investigar o elo entre magistrados e traficantes.
O juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas Luis Carlos Valois, alvo de uma reportagem do Estadão insinuando que ele tem ligações com a facção criminosa Família do Norte, negou as acusações da Polícia Federal no âmbito da operação La Muralla, cuja segunda fase, deflagrada em junho de 2016, passou a investigar o elo entre magistrados e traficantes.
Um dia após o massacre do Compaj, com 56 mortes - a maior rebelião em presídio desde Carandiru -, o Estadão publicou uma matéria dizendo que Valois foi "convocado" para participar das negociações "pelos presos", e apontou que ele foi alvo de pedido de busca e apreensão na La Muralla. A PF diz que o juiz foi citado numa conversa entre a cabeça da facção e uma advogada que temia que Valois fosse sacado da Vara de Execuções Penais. O processo corre em segredo de Justiça.
Nas redes sociais, Valois revelou que o Estadão o entrevistou por 20 minutos antes de publicar a matéria, mas não inseriu nenhuma linha do que o magistrado respondeu.
Em entrevista ao Nexo, ele foi questionado sobre a denúncia da PF. "A informação é de que há advogado de preso falando com o preso sobre mim. O que eu vou fazer? Eles aparecem conversando, dizendo que eu vou despachar amanhã. É claro que eu vou despachar amanhã. Eu sou respeitado pela massa carcerária. Eu trabalho com isso há 20 anos. Os presos me respeitam", respondeu.
O magistrado também disse que é "mentira" que ele tenha pedido ajuda de presos para fazer pressão sobre o Estado para mantê-lo como juiz da VEP. "É mentira. Eu pedi licença para fazer meu doutorado na USP. Um advogado soube e foi falar com o preso para que fosse feito um abaixo-assinado pedindo que eu não saísse da VEP [Vara de Execuções Penais]. Eu não estava saindo, eu estava pedindo licença para fazer um doutorado na Universidade de São Paulo."
Após a reportagem do Estadão, Valois passou a receber ameaças de morte de outra facção criminosa, rival à Família do Norte. Há suspeita de que a rebelião no presídio aconteceu porque houve ordem para assassinar membros do PCC no Amazonas.
A entrevista completa está aqui. (via jornal GGN)
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Embora até a ONU esteja cobrando explicações do Brasil sobre o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus, que provocou a morte de 56 pessoas, Michel Temer decidiu que não falará a respeito.
A informação é do colunista Lauro Jardim, do Globo. Leia a nota:
Temer não falará sobre rebelião
Foram 56 mortos na rebelião de ontem e Michel Temer calou-se. Calado ficou e calado ficará — exceto se os problemas se espalharem pelo Brasil.
O Planalto avalia que, por enquanto, o problema está restrito a Manaus. E, por isso, não cabe pronunciamento do presidente.
Temer chegou a cogitar a falar depois que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, fizesse um diagnóstico do caso, mas mudou de ideia e vai fingir que o governo não tem nada a ver com o ocorrido.
De acordo com Moraes, mais da metade dos mortos não tinha ligação com qualquer facção criminosa.
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TEMER NÃO DARÁ UM PIO SOBRE MASSACRE DE MANAUS
Embora até a ONU esteja cobrando explicações do Brasil sobre o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus, que provocou a morte de 56 pessoas, Michel Temer decidiu que não falará a respeito.
A informação é do colunista Lauro Jardim, do Globo. Leia a nota:
Temer não falará sobre rebelião
Foram 56 mortos na rebelião de ontem e Michel Temer calou-se. Calado ficou e calado ficará — exceto se os problemas se espalharem pelo Brasil.
O Planalto avalia que, por enquanto, o problema está restrito a Manaus. E, por isso, não cabe pronunciamento do presidente.
Temer chegou a cogitar a falar depois que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, fizesse um diagnóstico do caso, mas mudou de ideia e vai fingir que o governo não tem nada a ver com o ocorrido.
De acordo com Moraes, mais da metade dos mortos não tinha ligação com qualquer facção criminosa.
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