WILSON DE CARVALHO -
Numa fase de terror nas ruas, nos transportes, também caríssimos, de fome, de salários não pagos, preços absurdos cobrados por todos os supermercados, pessoas chorando literalmente nos pedidos de socorro, providências, enfim, de notícias que transformam os telejornais em relatos do horror que domina o país, eis que surge um motivo de extrema alegria, proporcionado pelo prefeito Marcelo Crivella: a reabertura dos restaurantes populares que matavam a fome de centenas de idosos, um deles, um fotógrafo detentor do prêmio Esso de jornalismo, meu ex-colega no jornal O Dia, hoje, sozinho e com um salário mínimo de pensão. Parabéns, prefeito pela solicitação de municipalização dos restaurantes, já atendida pelo governador. O senhor “acertou na mosca” com o slogan “Cuidar das Pessoas”. Exatamente o que a sociedade mais precisa.
Não lhe devo nada, nunca lhe pedi nada, o que, aliás, detesto fazer, e só estou fazendo o elogio por conhecer muito bem o seu coração. Época do seu trabalho de evangelização no continente africano, acompanhada por mim durante os seis anos de edição da Folha Universal, registrando, em especial, a perseguição ferrenha à IURD.
Lembro de um dia em que ocupei quase toda a capa com uma matéria sobre distribuição de alimentos e um almoço para carentes numa mesa de quase cem metros. O seu coração é grande, prefeito e, agora, todo o Rio irá conhecer. O senhor irá, conforme se diz popularmente, dar um “tapa na cara” dos próprios preconceituosos que o criticaram, acreditem, até pela citação do nome de Deus por seis vezes no discurso de posse. Antes da eleição, um colunista da rádio CBN (rede Globo) chegou a chamá-lo de Zumbi Evangélico. Fiz até um artigo para as redes sociais, publicado também aqui na Tribuna da Imprensa Sindical, o espaço mais democrático da internet. Grande abraço. É disso que o Brasil, um país que tem até políticos desviando merenda escolar, precisa: cuidar das pessoas. Como o senhor fez durante dez anos no continente africano.