14.1.17

A CRISE DE UM ESTADO À BEIRA DA FALÊNCIA

ALCYR CAVALCANTI -


O Movimento Unificado de Servidores Públicos Estaduais-MUSPE entregou documento sexta feira 13 de janeiro na ALERJ pedindo o impeachment da dupla Pezão/Dornelles por irresponsabilidade na concessão de benefícios a várias empresas, algumas pouco convencionais entre elas a Termas Solaris e a Termas Monte Carlo, casas de massagem. O pedido de impedimento da dupla que continuou a nefasta política de Sergio Cabral durante  mais de uma década que levou um estado pujante e próspero a um lugar completamente falido, que não paga a ninguém. Em protesto delegacias de todo estado fecharam as portas por atraso de pagamentos e da falta de recursos para atender ao público.

O atual governador Luiz Fernando Pezão que sempre foi homem de total confiança de Cabral, inclusive era quem manejava obras superfaturadas, para tentar encobrir o enorme rombo propôs uma série de medidas conhecida como "pacote de maldades", que após muitos embates foi em parte rejeitado. Mas como um buraco nas finanças é quase sem fundo, duas medidas estão sendo tentadas em Brasília onde Pezão tem encontrado apoio do presidente interino Michel Temer e do ministro Meirelles, a diminuição de salários do funcionalismo e  o aumento do desconto de 11% para 14% nos salários dos servidores. A privatização de uma empresa de razoável eficiência como a CEDAE é mais um golpe para tentar cobrir o desvio de dinheiro que foi efetuado durante anos e anos e não vai resolver a caótica situação financeira.

Com uma crise generalizada jamais vista, onde hospitais são câmaras mortuárias,  ante salas da morte, onde o número de pessoas sem atendimento cresce assustadoramente, com aumento do número de casos fatais de zika e a proliferação maciça do mosquito infernal, com a crise na segurança pública o desgoverno Pezão/Dornelles é o resultado trágico de mais de dez anos de domínio de um partido (PMDB) que teve tudo nas mãos, com apoio popular de mais de 70% da população para fazer um governo eficiente, mas que ao contrário arruinou as finanças do estado, raspando os cofres e deixando uma enorme população entregue ao total abandono.