DANIEL MAZOLA -
Eusébio Pinto Neto / Arquivo Sinpospetro-RJ. |
Rio de Janeiro - Imbuído da missão de produzir
informação para o povo, no ultimo sábado (19) entrevistei o bravo dirigente
sindical Eusébio Pinto Neto. Presidente do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro
(SINPOSPETRO-RJ), vice-presidente da
Força Sindical-RJ, conselheiro do SESC, e desde o último dia 29 de outubro - com 93,48%
dos votos válidos - presidente da
Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO).
Eusébio explicou que tomou
posse na Federação e de imediato fez um levantamento dos projetos já realizados
pela entidade e começou a traçar o plano de ações para os próximos meses. Fundada
em 1992, a Federação tem 54 sindicatos filiados, representa mais de 500 mil
empregados de postos de combustíveis em todo país. Segundo o dinâmico dirigente o maior dos desafios é acumular debate e politizar as
bases.
Lembrou que ajudou na luta para fundar o primeiro sindicato da
categoria, que há mais de 25 anos milita no Movimento Sindical, sabe da
responsabilidade que tem agora e vai se desdobrar ainda mais para ajudar os
frentistas de todo o país. Destacou a importância do ex-presidente, Francisco Soares de Souza, para organização e estruturação da
categoria.
Na entrevista, Eusébio Pinto Neto destaca a importância do despertar da
categoria e dos trabalhadores em geral para a luta de classes, imposta nesse
momento pela pauta anti-trabalhista do governo federal. “É preciso
acordar, despertar a consciência para lutarmos pelos nossos direitos. Os
trabalhadores não podem continuar achando que só a direção do sindicato tem que
brigar. É preciso despertar a consciência da classe trabalhadora para que
possamos lutar pelos nossos direitos como cidadãos. Precisamos resistir a esses
ataques do capital selvagem”.
Os temas, problemas e lutas que envolvem os trabalhadores em postos
de combustíveis são diversos e complexos. Ele citou a luta da Federação
Nacional dos Frentistas para impedir a implantação das bombas de autosserviço
nos postos de combustíveis em todo o Brasil, o que acarretaria muitas
homologações, desemprego em massa. Esses trabalhadores estão sempre expostos a
produtos tóxicos e inflamáveis, a violência, ao sol, a chuva, ao vento e só tem
um domingo de folga por mês, por causa da obrigatoriedade imposta pelo artigo
67 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Eusébio também falou do
grande desafio da pauta nacional unificada para os frentistas; do momento
propício para unificar a pauta das Centrais contra os ataques a CLT com Greve
Geral; sobre os postos de
combustíveis onde foram detectadas misturas nocivas em bombas de etanol
lacradas pela ANP; da grande mídia que só pauta os próprios interesses; crise institucional,
regressão de Direitos, Assembleia Constituinte.
Agora, assista a íntegra da entrevista com esse atuante, digno e valoroso
lutador. Gravado em uma tradicional churrascaria do bairro de Botafogo (RJ).
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MAIS UMA VEZ NÃO - Editorial do presidente da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ em defesa da democracia e dos direitos dos cidadãos brasileiros.