SINPOSPETRO-RJ -
Enquanto o governo Temer se articula com o Congresso para aprovar as
reformas trabalhista e da previdência, a classe trabalhadora deve ficar
atenta para evitar que as oligarquias- composta por parlamentares e
grandes grupos econômicos, avancem com as medidas que visam reduzir
direitos e precarizar a mão de obra. O alerta é do presidente do
SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto. Segundo ele, os Sindicatos dos
Frentistas de todo o país estão mobilizados para impedir que as reformas
avancem, assim como o projeto de terceirização, que já foi aprovado na
Câmara dos Deputados.
Para Eusébio Neto, a sociedade não pode
assistir inerte a essa barbárie contra os trabalhadores, que são os
sustentáculos da economia e responsáveis pelo desenvolvimento do país.
Neste momento, obscuro e incerto para o Brasil, é preciso discernimento
para que a economia não naufrague e o desemprego aumente. Ele disse que é
contra a proposta de reforma trabalhista que permite que as
negociações entre empregados e empregadores se sobreponham à CLT. “ A
gente não pode admitir que uma negociação prevaleça sobre o legislado,
dessa forma a Lei perde o sentido de existir. Se considerarmos que
vivemos em um país com precarização do trabalho; mão de obra análoga a
escravidão; empresários retrógrados e concentração de terras e renda em
poder de grupos oligárquicos, chegamos a conclusão que o estado ainda
precisa dar proteção aos menos favorecidos através da legislação”.
O
presidente do SINPOSPETRO-RJ chama a atenção dos trabalhadores de
postos de combustíveis e lojas de conveniência para o projeto da
terceirização. Segundo ele, a terceirização da atividade-fim, como prevê
o projeto, em tramitação no Congresso, é um risco para toda a categoria
no país. Desde a fundação do primeiro sindicato dos frentistas, na
década de 90, os trabalhadores de postos lutam para acabar com a
precarização da mão de obra no setor de revenda de combustíveis. Em todo
o país, os sindicatos se mobilizaram para extinguir cooperativas de mão
de obra e aumentar a segurança no ambiente de trabalho. Com a
terceirização, os funcionários de postos podem perder o emprego
legalizado e a sociedade poderá ficar exposta a risco de acidentes, já
que os frentistas são treinados para atuar na função.
Eusébio
Neto diz que por ser tratar de um o país subdesenvolvido, o Brasil não
tem condições mínimas de avançar em reformas no mundo do trabalho. Com o
capitalismo cada vez mais selvagem no mundo, o trabalhador precisa de
proteção porque é a parte mais fraca nesse processo. De acordo com o
presidente do SINPOSPETRO-RJ, essas propostas não vão resolver o
problema de caixa do país. “O povo não pode pagar pelo rombo na
Previdência Social, provocado pelas dívidas das grandes empresas”.
Hoje,
o trabalhador está em desvantagem no Congresso, mas o voto determina e
qualifica o trabalho do legislador, por isso o povo tem que se mobilizar
e ir às ruas para exigir que se façam as reformas política e fiscal.
Eusébio Neto afirma que é preciso fazer mudanças no cenário político,
para evoluir na questão social.
*Estefania de Castro, assessoria de
imprensa Sinpospetro-RJ.