CARLOS CHAGAS -
Virou moda, quando um governo vai mal, dizer que ele está perdendo a batalha da comunicação, tornando-se essencial mudar toda a estrutura que responde pelo setor. Em muitos casos, trata-se de chantagem: bicões e até partidos instalados ao redor do presidente da Republica, não conseguindo verbas de publicidade como desejariam, pressionam para a troca do ministro ou secretário por outro que lhes satisfaça as ambições. A argumentação é a mesma: “não temos comunicação capaz de transmitir à opinião pública os resultados de nossos esforços”. Quase sempre, o governo não tem o que apresentar, sendo as primeiras vítimas os encarregados da comunicação social.
Anunciam-se mudanças no governo Temer, com a convocação de um jornalista para a comunicação social. Mais um que vai para o sacrifício, porque milagres não poderá fazer.
Houve tempo em que a função de “comunicador-chefe” era abastecer a mídia de notícias. Desde que elas existissem, é claro.
O PRÓXIMO
Salvou-se Guido Mantega de ser preso, mas de Curitiba chegam rumores sobre outros ex-ministros do PT estarem na alça de mira dos procuradores. Antônio Palloci seria um deles, por conta de sua passagem na Fazenda, com o Lula, e na Casa Civil, com Dilma.
No PT, continua a disposição de expor cada vez mais o ex-presidente, fazendo-o viajar pelos estados até o dia da eleição municipal. A vilegiatura não se interromperá, ainda que venha a arrefecer. O objetivo é fazê-lo desde já o candidato do partido em 2018, coisa que levará os demais concorrentes a se movimentarem. Entendem os companheiros ser essa a melhor estratégia para neutralizar os efeitos da Operação Lava Jato, capaz de atingir outros líderes do PT, desde que blindado o ex-presidente.