Via UGT -
O Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo (SindmotoSP), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou, nesta terça-feira (23), uma grande manifestação pelas ruas paulistanas. A ação, que mobilizou mais de três mil motociclistas, entre motoboys e motoclubes, teve como objetivo protestar contra as promessas não cumpridas pela prefeitura e, principalmente, contra a indústria das multas que foi instalada na cidade e que está prejudicando os profissionais e os usuários de carro e moto da capital.
“É um absurdo o que estão fazendo, reduziram a velocidade em toda a cidade para 50 KM e encheram São Paulo de radar. Já existem profissionais que estão perdendo a carteira de habilitação e quando seus patrões souberem que estes estão sem CNH, o que acontecerá com eles? Ficarão desempregados?”, explica Gilberto Almeida (Gil), presidente do SindmotoSP.
Segundo o presidente do SindmotoSP, essa é uma situação que está afetando não só os motoboys, mas também toda a categoria de trabalhadores que dependem de CNH para sobreviver. “Somos trabalhadores e estamos sendo prejudicados, mas temos certeza que da forma que foi feito esse sistema desenfreado de aplicação de multas na cidade, toda a população está sendo prejudicada. São Paulo não aguenta mais a indústria das multas”, diz Gil.
Segundo Canindé Pegado, secretário Geral da UGT nacional a manifestação é uma reação contra a arbitrariedade e o autoritarismo da atual administração municipal que, durante os quatro anos de mandato, prometeu mundos e fundos para os motoboys, mas na prática só implantou aquilo que era interessante para a prefeitura aumentar sua arrecadação. “O senhor (prefeito Haddad) precisa entender que as coisas não podem ser da maneira que você quer e sim como nós, o conjunto da sociedade, queremos”, discursou Pegado.
A manifestação iniciou na sede do Sindicato, que fica no bairro do Brooklin Novo, percorreu as principais avenidas da cidade, como o corredor Norte-Sul, pelas avenidas Rubem Berta e 23 de Maio, fez uma parada em frente ao prédio da prefeitura e seguiu até o escritório da presidência da república, que fica na Avenida Paulista. No encerramento, um documento de reivindicação da categoria foi protocolado e destinado ao presidente interino Michel Temer.
No ato, além de protestar contra a indústria da multa, os trabalhadores reivindicaram a volta dos bolsões e das faixas exclusivas para moto, que são promessas não cumpridas pela atual prefeitura.
A ação contou também com o apoio dos sindicatos de motoboys de João Pessoa, Alagoas e Rio Grande do Norte, respectivamente representados por Ernani bandeira, Henrique Balthazar da Silveira e José Barreto de Melo.
*Por Fábio Ramalho – imprensa UGT / Fotos FH Mendes.