Via UGT -
Com a presença de Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav), juntamente com a UGT Pernambuco realizou, na manhã desta quarta-feira (24), uma grande assembleia para que sejam retomados os empregos na Refinaria de Abreu e Lima e no Complexo Industrial Portuário - SUAPE, cujas obras encontram-se paradas desde que se tornaram públicos os casos de corrupção envolvendo a Petrobrás, que teve como consequência, não só prejuízos financeiros para a empresa, mas também sociais para o Brasil.
Ricardo Patah ressaltou que o Brasil é o país que é por conta dos trabalhadores e trabalhadoras que um dia ergueram e hoje movimentam a economia desta nação, por isso esses cidadãos merecem respeito. "O que fizeram aqui nessa região foi o maior desrespeito do nosso país, destruíram a nossa maior empresa e os trabalhadores foram para a rua sem receber nada”, descreve o sindicalista.
“É muito triste a gente ver que neste local, mais de 40 mil pessoas encontram-se desempregadas. Há pessoas passando fome, pois não recebem salários e essa situação faz com que o cidadão perca sua autoestima. A UGT está aqui porque precisamos encontrar uma solução rapidamente para minimizar o drama dessa população”, explicou Patah, que concluiu: “Temos que encontrar alternativas de emprego, fazer voltar rapidamente às atividades na Refinaria de Abreu e Lima e em SUAPE, retomar a transposição do São Francisco e incentivar a volta das empresas que geram emprego e renda para a população”.
Aldo Amaral, presidente do Sintepav-PE falou que a região vinha num ritmo bom de desenvolvimento e que o crescimento chegava a ser superior ao PIB da união, mas hoje o desemprego é alarmante e não podemos continuar nessa situação. “Está tudo parado, tanto na refinaria quanto no porto e grande parte do que já foi feito está se deteriorando, a situação é que hoje lá não se chega a 80 postos de emprego, mas já chegou a ter 60 mil”.
O sindicalista reiterou que a única assistência que a região tem do Governo Federal, são as obras da transnordestina e de transposição do Rio São Francisco, que também estão se arrastando e que já precisam de reforma. “A obra que estava impactando positivamente na região era a refinaria, que parou e a gente está hoje aqui com o Ministro do Trabalho para definir estratégias emergenciais para solucionar esse caso”, observou Aldo.
O ministro Ronaldo Nogueira, assumiu o compromisso de se responsabilizar pela volta das obras em Suape e que isso será providenciado mais rápido possível. “Precisamos repudiar aqueles que protagonizaram a corrupção e saquearam Petrobrás, quebrando todo o sistema produtivo desse setor, o que gerou mais 40 mil postos de trabalho fechados só nesta região. A partir de agora precisamos organizar uma estratégia de ação que tem como base a pauta de reivindicação entregue a mim pelo Aldo e pelo Patah (presidentes do Sintepav-PE e da UGT nacional)”, ressaltou o ministro.
Em seu discurso, Ronaldo reforçou seu posicionamento em relação as mudanças que estão sendo propostas para a Legislação Trabalhista e afirmou que: “Algumas pessoas têm falado que o ministro do Trabalho vai tirar direito do trabalho, isso é mentira, pois direito você não revoga, direito você aprimora”.
O ato aconteceu na Praça da Estação de Cabo de Santo Agostinho e teve como um dos pontos mais marcantes, a entrega de milhares de currículos ao ministro Ronaldo Nogueira, o que refletiu a dura realidade em que vivem os trabalhadores daquela região, que hoje tornou-se o retrato do que a corrupção faz com toda uma nação.
*Por Fábio Ramalho – imprensa UGT.