ILUSKA LOPES -
Como
já era esperado o jogo sujo começou no cassino eleitoral da república dos
banqueiros, ou chamado Brasil, o primeiro alvo no Rio de Janeiro é o pré-candidato
do PSoL à Prefeitura, deputado Marcelo Freixo. O psolista não perdeu tempo e
respondeu às críticas que vem recebendo de adversários e da mídia amestrada por
ter recebido uma doação de R$ 120 mil da Victor Hugo Demolições na campanha
eleitoral de 2012. A empresa participou recentemente da remoção de moradores da
Vila Autódromo, na zona oeste do Rio. A comunidade deu lugar às construções de
diversas arenas e aparelhos para os Jogos Olímpicos que começam na próxima
sexta-feira.
Leia
o texto do pré-candidato na íntegra:
Na campanha para a prefeitura do Rio de Janeiro em 2012,
o PSOL recebeu doações de 636 pessoas físicas e três empresas: um escritório de
advocacia, uma produtora cultural e a Victor Hugo Ltda. Tudo registrado
conforme a lei e publicado pela Justiça Eleitoral. Desde então, o partido
amadureceu o seu posicionamento e avaliou que esse modelo não funciona.Tanto
que em 2014 as campanhas do PSOL no Rio de Janeiro receberam doações
exclusivamente de pessoas físicas. Ou seja, rejeitamos doações empresariais de
forma pioneira, antes de a legislação eleitoral ser modificada pelo STF em
setembro de 2015. Faremos o mesmo na disputa pela prefeitura neste ano: só
receberemos contribuições de pessoas físicas.
A doação de 2012 é anterior às remoções em Vila Autódromo. Não
houve e não haverá troca de favores nem interferência na atuação do partido e
do Mandato. O PSOL sempre lutou e esteve ao lado dos moradores de Vila
Autódromo e das milhares de famílias removidas de forma arbitrária pela
prefeitura do Rio de Janeiro em várias comunidades. Não foram poucas as ações
do partido e do Mandato em defesa da Vila Autódromo, algo reconhecido pelos
próprios moradores.
Não poderíamos reagir de outra maneira a não ser tendo a certeza
da correta mudança em 2014 e reafirmando o nosso compromisso com os moradores
da comunidade.