GERALDO PEREIRA -
Não vou apelar para o
advogado, depois ministro e agora jurista. Que este sentido apelo, seja
dirigido ao acadêmico, membro da Academia Sergipana de Letras, nosso simpático
Aires de Brito, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal do nosso País.
Ele é poeta, e como todo
poeta é bondoso e sensível às coisas do espírito e da inteligência, oxalá,
também o seja, com relação aos problemas da Pátria. Aí tenho as minhas dúvidas!
Essas dúvidas,
justifico-as, principalmente agora, ao tomar conhecimento de que ele foi a
única grande autoridade brasileira, que por duas vezes, recebeu os componentes
da Auditoria Cidadã da Divida. Esses admiráveis brasileiros, patriotas
convictos, tendo à sua frente essa valorosa e respeitável patrícia Maria Lúcia Fatorelli, sua coordenadora, e
que, há anos coloca a serviço da Pátria os conhecimentos adquiridos como
auditora fiscal, tendo se aposentado e ampliado com rara firmeza esses
conhecimentos, a fim de adquirir a autoridade moral para denunciar, como vem
fazendo, as falcatruas de todos os tipos, que a banqueirada pratica contra a
nossa Pátria.
Maria Lúcia Fatorelli, tem uma agenda cheia de
compromissos nacionais e internacionais, sedo constantemente requisitada para
proferir palestras e debates, dentro e fora do País.
Tendo inclusive
assessorado o governo do Equador a resolver os problemas de sua dívida, com
muito êxito e mais recentemente o governo da Grécia, em sua luta heroica,
contra o roubo de suas economias, pela banqueirada internacional incansável na
sua fome de enriquecimento ilícito, contando, evidentemente, para isso, com o
total apoio dos órgãos internacionais, criados com esse fim e objetivo e que
lhe dão sustentação ao podre regime capitalista que aí está, pontificando no
mundo. Levando a miséria, a fome, e a destruição aos quatro cantos do mundo,
torturando, matando milhões de seres humanos, destruindo cidades e países, sem
dó e piedade. Preparando golpes, como estão fazendo com o Brasil, nos dias de
hoje.
O regime podre que aí
esta, assassina covardemente todos aqueles que de uma maneira ou de outra crie
qualquer obstáculo no seu caminho.
Liquidaram com a vida de
Saddam Hussein e Muammar
al-Gaddafi, há anos vem destruindo a Síria, loucos para assassinar também
o seu presidente, Bashar al-Assad.
No Brasil, dominando
completamente a mídia, que se esforça cada vez mais, em ser cada vez mais
venal. O que vemos são os seus políticos, homens públicos de péssima qualidade,
silenciarem do problema principal do país a sua altíssima dívida pública. Não
ouço uma só voz, uma só autoridade dos Três Poderes, parece até que eles não têm compromissos com a Nação.
Voltando ao excelente
poeta, a quem dirijo esse apelo. Meu poeta, o senhor tem autoridade, não só
pelo alto cargo que exerceu, mas pela sua luta contra a ditadura e o arbítrio
que se instalou no Brasil em 1964.
Pelo seu corajoso voto,
quando no plenário do Supremo se discutia a Anistia, se os torturadores e
assassinos tinham direitos a ela. Estou convicto que a sua voz, pode mudar esse
quadro tão vergonhoso farão os homens públicos tomarem coragem para defender a
sua pátria. Lutar contra essa mentira, essa farsa, esse engodo que estamos
vivendo há muito tempo. Produto, sem dúvida alguma, dessa mídia
descompromissada com os interesses do povo e da Nação.
Como se justifica, meu
caro poeta, que um assunto tão sério como a dívida do País, os dirigentes da
Auditoria Cidadã da Divida, não consigam com as autoridades uma entrevista. Há
dois anos, esse grupo de patriotas, tendo à sua frente essa admirável mulher
brasileira Maria Lúcia, andam procurando o Procurador Geral da República, sem
encontra-lo, sua excelência não tem tempo.
O assunto da dívida do
Brasil é muitas e muitas vezes superior a Lava Jato, até no roubo que há muitos
anos sofremos. A Lava Jato, meu caro poeta é fichinha, diante do assalto que estamos
vivendo há mais de uma década praticada pela banqueirada. Estamos falando, meu
caro poeta, de trilhões de reais, desviado tudo oficialmente, há anos,
obedecendo as filigranas do Direito, tudo dentro da Constituição, sem que as
altas autoridades levantem as suas vozes, procurem ouvir quem estudou e estuda há
anos toda documentação no Brasil e no exterior, porque não ouvi-los?
Precisamos meu caro poeta,
acabar definitivamente com a falta de vergonha e de responsabilidade dos nossos
homens públicos. Principalmente dos Três Poderes, que são afinal de contas, ou
deveriam ser a consciência pensante do Brasil. Deus se apiede de nós!



